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Teotónio Simão de Ornelas Bruges Paim da Câmara de Ávila e Noronha Ponce de Leão Borges de Sousa e Saavedra

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Teotónio Simão de Ornelas Bruges Paim da Câmara de Ávila e Noronha Ponce de Leão Borges de Sousa e Saavedra

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsecção   Subsecção

Código de referência

PT/BPARLSR/FAM/CCPV/H-T04

Tipo de título

Atribuído

Título

Teotónio Simão de Ornelas Bruges Paim da Câmara de Ávila e Noronha Ponce de Leão Borges de Sousa e Saavedra

Datas de produção

1813-07-20  a  1875-08-16 

Dimensão e suporte

23 caixas

História administrativa/biográfica/familiar

Nasceu a 25 de abril de 1807, em Angra, na Ilha Terceira, filho de André Elói Homem da Costa Noronha Ponce de Leão, advogado, e de Rita Pulquéria de Ornelas Paim da Câmara, proprietária, ambos da mais antiga nobreza da Ilha Terceira. Por via materna, herdou uma vastíssima fortuna em vínculos de propriedades. O seu estatuto permitiu que muito cedo ocupasse cargos políticos e militares, e, nesse âmbito, cedo abraçou a causa liberal. Como capitão, conduziu a revolta do Batalhão de Caçadores nº 5, em 1828, que instituiu o regime da Carta Constitucional na Terceira. Fez parte do subsequente Governo Interino, foi coronel comandante do Batalhão de Caçadores Milicianos, e recebeu a pasta dos Negócios da Guerra durante o governo da Junta Provisória. Com o governo da Regência de Angra, em 1830, Teotónio de Ornelas participou nas manobras militares de conquista das ilhas ocidentais do arquipélago, distinguindo-se no ataque da Ribeira do Nabo, na Ilha de São Jorge, em 1831. Subsequentemente, foi Inspetor-Geral das Ordenanças, pertenceu à Junta Consultiva, e foi enviado a Londres e Paris para receber a rainha D. Maria II e D. Pedro IV na sua chegada à Europa. Recebeu D. Pedro em sua casa, o Palácio de Santa Luzia, na cidade de Angra, em 1832, e foi por ele nomeado comandante-general dos corpos nacionais e chefe da Legião Nacional de Angra. A 8 de dezembro de 1832, D. Pedro agraciá-lo-ia com o título de Visconde de Bruges. Também em 1832, foi o primeiro presidente eleito da Câmara Municipal de Angra, o primeiro de cinco mandatos que cumpriria ao longo da sua vida. Em 1834, o Visconde de Bruges foi eleito deputado às Cortes, e em 1835 seria feito Par do Reino com direito a sucessão. Entre 26 de março e 4 de maio de 1836 foi administrador geral do distrito de Angra, voltando a ocupar o mesmo cargo entre 18 de novembro de 1836 e 27 de setembro de 1839. Durante este período, é agraciado com a Comenda da Ordem de Cristo, em 1837, e a 25 de outubro de 1839 é nomeado coronel-comandante do Batalhão de Voluntários da Rainha. Foi presidente da comissão que, em 1843, erigiu em Angra um monumento à memória de D. Pedro IV. Durante a Patuleia, em 1847, presidiu à Junta Governativa de Angra pela Nação e Rainha. A partir de 1851, chefiou o Partido Histórico no Distrito de Angra do Heroísmo. Em 1854, iniciaria o seu quinto mandato como presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, em que permaneceria até à sua morte. Em 1863, ser-lhe-ia concedida a medalha de D. Pedro e D. Maria nº 9. A 28 de julho do mesmo ano, o seu título foi elevado para o de Conde da Praia da Vitória. Casou por duas vezes, a primeira a 16 de março de 1833, com Elvira Monteiro, de quem teve quatro filhos, incluindo aquele que viria a suceder-lhe no título e seguir também carreira política, Jácome de Ornelas Bruges de Ávila Paim da Câmara. A segunda, a 25 de abril de 1853, com Emília Amélia de Almeida Tavares do Canto, de quem teve oito filhos. Faleceu na sua Quinta da Estrela, em Angra do Heroísmo, a 25 de outubro de 1870.

Funções, ocupações e atividades

1º visconde de Bruges; 1º Conde da Praia da Vitória

Publicador

dn850423

Data de publicação

25/09/2023 12:20:54