Plano de classificação

Arquivo fotográfico de Francisco Valadão jr.

Ações disponíveis

Ações disponíveis ao leitor

Consultar no telemóvel

Código QR do registo

Partilhar

 

Arquivo fotográfico de Francisco Valadão jr.

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subcoleção   Subcoleção

Código de referência

PT/BPARLSR/AF-RAV

Tipo de título

Atribuído

Título

Arquivo fotográfico de Francisco Valadão jr.

Datas de produção

1891  a  1972 

Dimensão e suporte

4853 fotografias

História administrativa/biográfica/familiar

Francisco Lourenço Valadão Júnior, foi um advogado, político e intelectual açoriano, nascido na freguesia da Vila Nova na Ilha Terceira. Foi estudante distinto do Liceu de Angra, formando-se depois em Direito pela Universidade de Coimbra, terminado o curso fixou-se no meio angrense, onde abriu banca de advogado, estando ativo no meio forense a partir de 1914, altura em que começam a surgir o maior volume fotográfico desta coleção, visto que é nomeado ajudante de notário, iniciando uma carreira administrativa que o leva a presidir à comissão executiva da Junta Geral do Distrito Autónomo de Angra do Heroísmo em 1915, por isso assumindo-se como figura central e de particular relevo da cidade de Angra. A partir de abril de 1919 assume também funções enquanto secretário-geral do Governo Civil, cargo que exerceu até se aposentar. A par disto, a coleção conta igualmente com um grande número de fotografias no que diz respeito à sua vertente de sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira; sócio do Instituto Açoriano de Cultura e do Sport Clube Angrense. Tendo ainda desempenhado idênticas funções no Rádio Clube de Angra e na Fanfarra Operária.Conservador, foi apoiante dos partidos de direita, aderindo a partir do golpe de 28 de maio de 1926 às políticas da Revolução Nacional e depois do Estado Novo, sendo uma das figuras mais importantes do regime na ilha Terceira.Na fase final da sua vida foi objeto de múltiplas homenagens e foi feito Oficial da Ordem Militar de Cristo a 5 de outubro de 1930 e elevado a Comendador da mesma Ordem a 21 de junho de 1944 e outras condecorações estrangeiras. O seu nome foi incluído na toponímia da freguesia da Vila Nova, junto à casa onde nasceu, e a Câmara Municipal da Praia da Vitória colocou o seu retrato no salão nobre.Ramiro Valadão, nasceu em Angra do Heroísmo, filho de Francisco Lourenço Valadão Júnior e Evangelina Machado Valadão, frequentou o Liceu Nacional de Angra, onde teve alguma atividade política nos anos iniciais do Estado Novo como membro do grupo de jovens nacionalistas. Terminado o ensino secundário, matriculou-se no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Enquanto estudante em Coimbra participou no associativismo estudantil, mantendo a sua ligação aos movimentos de extrema direita, tendo presidido à direção da Associação Académica de Coimbra (1939-1941). Ainda estudante em Coimbra iniciou uma ligação à imprensa escrita que manteria durante toda a sua vida profissional.Na esfera social de Rolão Preto e de Dutra Faria, ideologicamente próximo do nacional-sindicalismo e das correntes fascizantes portuguesas da década de 1930 acabou por se aproximar do corporativismo de Oliveira Salazar e se integrar no aparelho do Estado Novo, ascendendo à chefia dos serviços de imprensa da União Nacional e ao lugar de deputado pelo círculo eleitoral de Angra do Heroísmo. Como deputado integrou a comissão de «Educação Nacional, Cultura Popular e Interesses Espirituais e Morais», tendo intervenção relevante nas matérias referentes aos transportes marítimos e aéreos nos Açores, foi também comentador político na Emissora Nacional e teve participação ativa nos anos iniciais da Rádio Televisão Portuguesa. Em abril de 1969 foi nomeado presidente do conselho de administração daquela empresa, cargo que manteria até à queda do regime do Estado Novo na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974.Considerado uma das personalidades mais importantes do regime deposto, foi preso em dezembro de 1974, acusado de crimes de abuso de confiança e burla durante o período em que presidiu à Rádio Televisão Portuguesa. Julgado a partir de abril de 1975, pagou uma caução e refugiou-se no Brasil, sendo condenado à revelia a uma pena de quatro anos de prisão. Regressou a Lisboa na sequência da amnistia de 1983, mantendo sempre a sua posição ideológica.

História custodial e arquivística

Imagens doadas por Ramiro Valadão no ano de 1984

Âmbito e conteúdo

Contém fotografias referentes à vida política e pessoal de Francisco Valadão Júnior e seu filho, tais como, retratos de família, festas e viagens, que nos permitem compreender e vivenciar, em certa parte, o ambiente da cidade de Angra, da Ilha Terceira, bem como, outros sítios do globo terrestre como Estados Unidos, Marrocos, Índia, Havai…etc.

Sistema de organização

Descrição ao nível do documento

Publicador

js195912

Data de publicação

20/12/2023 18:02:22

Relações com registos de autoridade

Relações com registos de autoridade
Registo Código Tipo de relação Datas da relação
Registo de autoridadeRamiro Valadão RAV Autor intelectual