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Pesquisou por "civil" e foram encontrados 23301 resultados. Página 7 de 2331.
Contém informações sobre o naufrágio de um veleiro francês; telegrama para que se enviassem cumprimentos ao Almirante Dunn e Cônsul americano aquando do dia 4 de jul.; sobre nomeação de juíz; atraso no pagamento de professores; informação sobre a não existência de mapa da comissão geodésica daquelas ilhas existindo apenas cartas marítimas do Almirantado inglês; homenagem a Manuel de Arriaga; proposta de nome de Governador Civil...
Datas de produção 1918-04-17/1918-12-24
Código de referência PT/BPARPD/ACD/GCPDL-ACRAÇ/RG-SC/0005/00001
Localização física 2701.4.1 (2701.4.1 - 2701.4.84)
 
Processo que inicia com ofício do Governador Civil dirigido ao Presidente da Comissão Executiva da Junta Geral, a solicitar um subsídio para a construção deste bairro. Contém correspondência com: - a Direção Geral dos Serviços de Urbanização sobre este assunto, documentos relativos à comissão nomeada pelo alvará nº 11-A, de 19 de maio de 1954, para avaliar os terrenos sitos à Praia dos Santos, destinados à construção deste bairro; - um exemplar do projeto com peças escritas - memória descritiva e justificativa, medições e peças desenhadas 15 plantas; - ofícios e cópia de certidão relativos à entrega de dinheiro pela Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada, respeitantes à comparticipação do Comissariado do Desemprego, para esta obra. ...
Datas de produção 1951-10-19/1959-01-12
Código de referência PT/BPARPD/ACD/GCPDL/00061
Localização física 2311
 
Informação não tratada arquivisticamente.
Trata-se de um folha que, devido à sua estrutura informacional, muito possivelmente pertence ao relatório de 1865 do governador civil do distrito da Horta. Nela encontram-se referenciados os seguintes assuntos: a relação do governo civil com as câmaras municipais, a exposição dos gados, a administração dos expostos. ----------------------------------------- Transcrição: [continuação] secretaria deste governo civil...
Datas de produção 1866/1866
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/008
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
É o rascunho do relatório da administração geral do distrito da Horta do ano de 1859 que fez o conselheiro governador António José Vieira Santa Rita. ------------------------------------------- Excertos do relatório: Administração geral…..A administração no distrito da Horta tem de sujeitar-se às circunstâncias especialíssimas, que nele se dão em virtude da sua constituição geodésica. Composto de quatro ilhas, incomunicáveis no inverno por muitos meses, não oferece os meios indispensáveis para um bom serviço, e bem pelo contrário apresenta estorvos, que tornam muitas vezes impossível a sua regularidade e prontidão. Por estes motivos as medidas de exceção são aqui precisas. Porque sem elas o expediente das repartições não era praticável, e os povos sofreriam graves transtornos nos seus interesses. Assim justifica-se entre outras muitas objetos a diversidade de prazos fatais em matérias de recenseamento e recursos a necessidade de delegar certos atos próprios do governo civil...
Datas de produção 1860-11-15/1860-11-15
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/005
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
Relatório do governador civil António José Vieira Santa Rita no qual estão resumidamente contidos os principais assuntos referentes à administração do distrito da Horta do ano de 1876: os expostos, as contribuições, o recrutamento, o ensino agrícola, a representação da junta geral em juízo, o orçamento e as contas, a pesca da baleia, o lazareto, o tabaco, o porto artificial da cidade da Horta, os faróis. ----------------------------------------------- Transcrição: Senhores procuradores. Em virtude das disposições do artigo 209.º do código administrativo, venho cumprir o dever de apresentar o meu relatório sobre o estado do distrito, que se acha confiado pelo governo de Sua Majestade à minha administração. Devo primeiro que tudo dar-vos a triste notícia do falecimento do digno procurador pelo concelho da Horta, o senhor Manuel Francisco de Medeiros Sénior, cuja falta será decerto sentida por esta junta. Segundo estabelece o artigo 159.º do código administrativo mandei proceder à respetiva eleição para preencher esta vacatura, saindo eleito o senhor António Emílio Severino de Avelar……….Expostos ……….A administração dos expostos continua regularmente. O nascimento geral destas crianças foi no ano económico findo de 124. A existência no 1.º de junho de 1875 era de 67, e durante o ano entraram 58. Tendo sido a saída de 77, ficou portanto sendo a existência de 48 no dia 30 de junho de 1876. A saída de 77 verificou-se: 10 por terem findado a criação, 17 por terem sido reclamados pelos pais, e 13 por entregas provenientes de fiscalização. A morte arrebatou 37 crianças. Ainda que o número de óbitos seja grande em relação ao movimento geral, no entretanto apresenta uma das cifras mais favoráveis em comparação com as dos anos anteriores, tendo sido a proporção de 1 : 3,35. O movimento nas mães subsidiadas foi o seguinte. No dia 1 de julho de 1875 existiam 66 mães subsidiadas: e durante o ano foram concedidos 38 subsídios: foi portanto o movimento geral de 104. Acabaram o tempo de subsídio 39 mães, ficando portanto existindo 65 em 30 de junho de 1876. Na saída verifica-se que só faleceram 5 destas crianças. Continua portanto a ser notável a diferença que se dá nos óbitos entre os expostos e os filhos subsidiados. Os expostos inválidos, maiores de 7 anos, cujas amas continuaram a receber as respetivas gratificações, foram em número de 5: sendo 3 já existentes no 1.º de junho de 1875, e 2 admitidos durante o ano económico. A despesa efetuada durante o ano económico de 1.764$775 reis, sendo 523$570 reis anterior, e 1.241$205 própria do ano de 1875-1876. No dia 30 de junho de 1876 a dívida passiva era de 469$710 reis, proveniente das importâncias vencidas no último trimestre, e que já foram pagas no corrente ano económico. A dívida ativa do cofre da junta, e porque lhe eram responsáveis as respetivas câmaras municipais, importava no mesmo dia em 1.022$428 reis. Do que acabo de expor, e que mais miudamente se pode examinar nos mapas juntos ao presente relatório, se conhece o estado em que se encontra este ramo importante da administração pública. É diminuta a exposição e insignificante a despesa. E se, como já tenho feito em alguns relatórios anteriores, fizesse novamente a comparação entre este ano e alguns mais antigos, tornar-se-iam evidentes mais uma vez a todos os olhos os melhoramentos obtidos. Entendo porém que não devo cansar a atenção dos senhores procuradores com um assunto que já é bastante conhecido……….Contribuições………O Diário do Governo n.º 90 publica a carta de lei de 10 de abril do corrente ano, pela qual foi distribuído o contingente de 19.987$649 reis de contribuição predial, respetiva ao ano civil...
Datas de produção 1876-11-15/1876-11-15
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/012
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
Trata-se da cópia do relatório do estado do distrito da Horta do ano de 1858 enviado pelo governador civil, António José Vieira Santa Rita, ao ministério do Reino. Assuntos: instrução, saúde, facultativos, lazareto, recrutamento, emigração, cadeias, atos da administração geral, população, socorros públicos, administração municipal, expostos, asilo da infância, obras públicas, telegrafia submarina, pesca da baleia, subsistências públicas, movimento do porto da Horta, fiscalidade dos portos da ilha do Pico, recebedoria do concelho de Lajes do Pico. Inclui o mapa geral das obras públicas do ano civil...
Datas de produção 1859-10-24/1859-10-24
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/004
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
É o relatório do governo civil do distrito da Horta respeitante ao ano de 1860 enviado que foi ao ministério do Reino e que aborda os seguintes temas: população, emigração, segurança, recrutamento, instrução, beneficência, câmaras, paróquias, obras públicas, porto da Horta, cereais. ---------------------------------------------------- Extratos do relatório: População…..O recenseamento da população organizado na secretaria do governo civil...
Datas de produção 1861-12-31/1861-12-31
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/006
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
Relatório do governador civil António José Vieira Santa Rita no qual estão resumidamente contidos os principais assuntos referentes à administração do distrito da Horta do ano de 1874: os expostos, o orçamento, as contas, as contribuições, a viação pública, a doca da cidade da Horta, as quarentenas, os faróis, a telegrafia submarina, a emigração. ------------------------------------------- Transcrição: Senhores procuradores. Na conformidade do que determina o artigo 209.º do código administrativo, tenho a honra de apresentar o seguinte relatório, que sujeito à apreciação dos senhores procuradores……….Expostos……….Este importante ramo da administração pública continua regular, apresentando uma exposição limitada e portanto uma despesa relativa, e, com referência ao passado, muito menos pesada para os municípios. A entrada total de expostos no ano económico findo foi de 70, sendo 59 na roda da Horta, e 11 na de Santa Cruz: menos quatro que no ano anterior. E no dia 30 de junho de 1874 ficaram subsistindo 69, mais 2 que em igual dia do ano económico anterior. A mortalidade apresenta-se, como sempre sucede com estes infantes, em grande escala: 55 foi o número dos falecidos, sendo 19 na casa da roda e 36 no poder das amas, e quase todos dentro da idade de um ano. Comparada esta cifra com o movimento geral, que foi de 137, temos o resultado de 1 : 2,49. Neste ano porém há uma causa extraordinária, a varíola, que concorreu para aumentar o número de óbitos. Foram 2 expostos reclamados pelos pais e 9 entregues por virtude da fiscalização. Foram concedidos 43 subsídios a mães solteiras, e terminaram 33, havendo no fim do ano 55 mães subsidiadas, das quais 44 na roda da Horta, e 11 na de Santa Cruz: menos 2 que em igual dia do ano anterior. As crianças falecidas foram 12. Este número comparado com o movimento total dá a proporção de 1 : 8,33. Esta proporção, como quanto muito inferior à de alguns anos precedentes, naturalmente por causa das bexigas, avantajou-se consideravelmente à dos expostos. Este facto, que tenho sempre observado, mostra a conveniência do sistema dos subsídios concedidos às mães solteiras para a criação dos seus filhos. A despesa realizada foi de 1.700$680 reis, sendo 529$105 reis relativos ao ano económico anterior, e 1.171$575 reis propriamente do de 1873-1874. As dívidas existentes no dia 30 de junho, e que já se acham pagas, importavam em 484$670 reis. As dívidas, por que algumas câmaras municipais eram responsáveis no mesmo dia, somavam 1.007$389 reis, e no cofre da junta existia a quantia de 560$298 reis. Este estado lisonjeiro é devido ao pagamento que as câmaras municipais têm realizado das suas dívidas antigas, habilitando assim o cofre da junta a satisfazer pontualmente todos os seus encargos. A lei de 14 de maio de 1872, que autorizou a cobrança pela alfândega dos impostos municipais sobre líquidos e sal, tem contribuído bastante para este resultado……….Orçamento………Na conformidade do que determina o artigo 216.º, n.º 3, do código administrativo, apresento a proposta do orçamento do distrito para o futuro ano económico de 1875-1876 na importância de 3.400$000 reis. Em harmonia com a deliberação tomada pela junta geral na sua sessão de 4 de março do corrente ano, inscrevi a verba de despesa de 125$000 reis fracos para a gratificação que deve receber o intendente de pecuária, quando principie a desempenhar as obrigações do artigo 5.º do decreto de 2 de dezembro de 1869, devendo a quotização proposta para este fim ser cobrada tão somente no caso em que o intendente de pecuária comece a funcionar. Para a discussão e aprovação deste documento fornecerei à junta todos os documentos e esclarecimentos de que carecer……….Contas……….Na conformidade das prescrições legais remeti ao Tribunal de Contas o processo de contas da gerência no ano económico findo. Contudo no duplicado do mesmo processo, existente nesta secretaria, podem os senhores procuradores conhecer o modo como foram recebidos e gastos os dinheiros entregues à minha administração. A receita realizada neste ano foi de 2.714$143 reis, sendo 32$772 reis saldo do ano económico anterior, 1.623$508 reis por conta das quotas respetivas ao ano de 1873-1874, e 1.057$863 reis por conta das dívidas dos anos antecedentes. A despesa efetivou-se na importância de 2.104$290 reis, sendo 1.573$185 reis despesa própria do ano, e 529$105 reis pagamento de dívidas pertencentes a anos anteriores. O saldo existente em cofre no dia 30 de junho foi de 609$853 reis, sendo 560$298 reis em conta da administração dos expostos, e 49$555 reis em conta do pessoal e expediente da repartição das obras públicas……….Contribuições……….No meu relatório apresentado a esta junta, na sua sessão do mês de março próximo findo, expus que o rendimento coletável das novas matrizes era inferior ao dos anos anteriores na considerável soma de 97.631$307 reis, e tendo o governo de Sua Majestade decretado o contingente do ano de 1872, na razão de 8 por cento, conforme fora estabelecido pela lei, importou o total da contribuição predial, com todos os adicionais, em 33.311$322 reis. No ano de 1871 tinha esta verba sido lançada na totalidade de 45.824$931 reis, havendo portanto no ano de 1872 uma diferença para menos de 12.513$609 reis, equivalentes a 27 por cento. Esta considerável redução no imposto predial manifesta os bons desejos do governo em atender às reclamações dos povos, quando elas se buscam em justos fundamentos; e é por esse motivo, que eu considero que as representações feitas sobre contribuição industrial, pedindo a transferência das terras para as ordens inferiores, em que elas se acham, como esta junta já pediu na sua última consulta, obterão afinal uma decisão favorável. Não podendo de forma alguma serem contestados os factos e as estatísticas, que estão demonstrando maior desenvolvimento comercial e industrial, é também fora de toda a dúvida que os interesses atuais não comportam as taxas da ordem de terras, em que as povoações estão classificadas. Como exemplo bem manifesto, não é possível a comparação entre Ponta Delgada e Horta, e contudo estas duas cidades estão equipadas para o lançamento da contribuição industrial. Como já expus no meu relatório, algumas representações feitas pelas câmaras municipais do distrito têm-me sido enviadas para informar sobre este assunto, e em todas tenho emitido um parecer favorável……….Viação pública……….A construção de estradas é hoje um melhoramento de reconhecida utilidade pública, e que os povos mais desejam. Todos os anos se tem progredido nestes trabalhos, mas não tanto quanto a opinião pública está hoje reclamando, e as necessidades reais do distrito exigindo. O adiantamento e conclusão da rede de estradas da competência do governo é portanto uma das maiores necessidades. A classificação das estradas reais nos Açores foi feita por decreto de 25 de abril de 1866: e na ilha do Faial como tal foi classificada a estrada propriamente do litoral que atravessa todas as suas populações, exceto a dos Flamengos, que fica no interior. Uma estrada que cortasse a ilha, na direção do leste oeste, passando pela Caldeira, e deitando um ramal para os Cedros, era da maior importância, não só porque encurtaria as distâncias entre esta cidade e a freguesia dos Cedros, e abriria uma fácil comunicação para a Caldeira, mas ainda poderia trazer vantagem de animar a cultura, principalmente de matas, nos terrenos superiores da ilha. Não basta porém que se concluam as estradas reais: quase tão importantes como estas são as municipais, por isso que aquelas sem estas não beneficiam tudo quanto devem beneficiar quando lhes faltam as ramificações com os principais centros interiores de produção e população. Este serviço está hoje regulado pela lei de 6 de junho de 1864, e ainda que poucos sejam os recursos financeiros dos municípios, alguns trabalhos se têm feito já, os quais espero que brevemente tomem maior desenvolvimento……….Doca na Horta..........É inútil pretender demonstrar a conveniência e necessidade de construir na baía desta cidade um porto de abrigo, porque todos reconhecem as vantagens que desse grande melhoramento nos devem resultar: e esta junta, solícita sempre pelos interesses do distrito que representa, tem representado em todas as suas consultas ao governo de Sua Majestade, pedindo com instância o cumprimento da lei de 20 de junho de 1864. Por notícias particulares fidedignas consta-me que este negócio está merecendo a atenção do competente ministro, o qual se mostra assaz empenhado pela realização deste melhoramento açoriano, a que se acham efetuados grandes interesses públicos e particulares……….Quarentenas………A reforma do nosso sistema quarentenário, segundo é notório, deve brevemente ser publicada: e tendo sido presentes ao governo de Sua Majestade os inconvenientes que tinham os atuais regulamentos de saúde, é muito natural que a eles se atenda, combinando-se os interesses comerciais com o imperioso dever da manutenção da saúde pública, que a autoridade nunca pode perder de vista. Com esta matéria acha-se conexa a da construção de um lazareto na Horta. Não é certamente desconhecido aos senhores procuradores que pelo governo foram mandados fazer os respetivos estudos, os quais, segundo me consta, já subiram à estação superior. Sendo este um assunto de geral interesse para todo o arquipélago, é muito provável que brevemente seja tomado na consideração que merece……….Faróis……….Por muitas vezes, e por diferentes corporações e autoridades, se tem representado ao governo de Sua Majestade sobre a conveniência de iluminar as costas destas ilhas, que se acham dispersas no meio do oceano, e por onde transita um considerável número de navios. Se o governo até hoje não tem podido satisfazer a estes pedidos não é porque desconheça a sua importância, nem tenha descurado estes melhoramentos. Pela Direção Geral dos Trabalhos Geodésicos foi feito o anteprojeto e o plano geral de iluminação das costas do arquipélago açoriano, o qual nos fins do ano de 1873 veio a informar às três capitanias de portos existentes nos três distritos. Por este plano que deve servir de base aos futuros trabalhos do governo, as costas de todas as ilhas serão completamente iluminadas, e ter-se-á atendido a uma grande necessidade, reclamada pelos navegantes……….Telegrafia submarina……….A telegrafia submarina é atualmente um dos maiores melhoramentos que o arquipélago dos Açores com razão deseja, porque o porá em comunicação diária e frequente com os continentes, de que se acha isolado pelo oceano: e tanto o governo de Sua Majestade reconhece esta conveniência, que se muniu com a carta de lei de 15 de abril último para contratar o estabelecimento e exploração de uma linha telegráfica submarina de Portugal aos Estados Unidos da América que toque nestas ilhas. Este negócio de grave transcendência não depende exclusivamente da vontade do governo português, por isso que o tem de tratar com capitalistas nacionais e estrangeiros que tomem a si esta empresa: mas é de crer que a nossa posição no meio do Atlântico seja procurada como ponto intermédio entre os dois continentes europeu e americano, e que não tarde este melhoramento a realizar-se. Ultimamente consta por via de São Miguel que na Inglaterra se trata de organizar uma poderosa companhia a fim de lançar um cabo de Nova York à ilha das Flores, e desta a Brest e Land's End, com um ramal das Flores para o Faial, São Miguel e Lisboa. Se esta companhia, cuja respeitabilidade se afiança, fizer a devida proposta ao governo de Sua Majestade, este por certo não deixará de aceitar, com as condições que mais convenientes forem aos interesses açorianos. As ilhas das Flores e do Faial pela sua posição serão decerto aquelas que maiores benefícios terão a retirar com tão importante melhoramento……….Emigração……….A emigração legal no distrito apresenta nos últimos três anos números mais elevados do que nos anos precedentes, o de 1873, porém, é inferior ao de 1872, e o de 1874 talvez fique também inferior ao de 1873. É preciso porém advertir que nestes números se compreendem muitos emigrantes pertencentes às ilhas dos outros dois distritos açorianos. Tem-se porém ultimamente observado um facto com a navegação a vapor entre esta ilha e o império do Brasil. O vapor Lisboa nas cinco viagens já feitas desde de junho de 1873 até à sua última do mês de agosto leva deste porto da Horta somente 219 passageiros, dos quais 26 não são deste distrito. A Maria da Glória só em duas viagens em 1873, conduziu deste mesmo porto 464 passageiros, dos quais só eram do distrito 252. Se acrescentarmos ainda a isto a circunstância de que muitos destes passageiros são pessoas que vieram visitar a pátria, ou que na maior parte vão a chamado de seus parentes e amigos, inferimos que nesta parte do arquipélago a emigração para o império brasileiro vai em decadência. Continuando porém a conservar-se o número dos emigrantes, é evidente que eles se dirigem para outro país e efetivamente os Estados Unidos da América são aquele que os naturais deste distrito procuram de preferência, atraídos pelos interesses e chamados muitos pelos membros da numerosa colónia açoriana que já se acha estabelecida em diferentes estados daquele vasto território. Sobre esta importante questão, em geral tão debatida, mantenho as minhas opiniões. A causa primária da emigração nas ilhas do distrito da Horta é o desejo que todos têm de melhorar a sua fortuna. Outras causas podem atuar mais ou menos no espírito dos emigrantes mas a todas reputo-as secundárias. O recrutamento está no número destas, e uma prova da minha opinião aparece nos numerosos factos de mancebos esperarem a sua isenção do recrutamento para depois emigrarem. O peso das contribuições não é causa que possa alegar-se com seriedade, pois que sendo a emigração, em regra, composta de pessoas do campo, estas na sua maioria só pagam a contribuição predial, que de modo algum se pode hoje considerar mais gravosa do que os dízimos. E enfim a miséria não obriga a ninguém atualmente a sair da sua pátria porque felizmente não a há e os salários nunca foram tão elevados como presentemente em todas as quatro ilhas do distrito. Devo sobre este assunto fazer uma reflexão que os factos me sugerem. O número de emigrantes não aumenta nem diminui progressivamente de ano para ano: anda sempre numa constante oscilação, ora subindo, ora descendo, o que indica influências diversas e muitas vezes por nós desconhecidas. No seguinte mapa os senhores procuradores terão ocasião de observar o que acabo de expor, devendo advertir que nestes números estão compreendidos muitos emigrantes pertencentes aos outros distritos: Ano: pessoas saídas; 1856: 1.849; 1857: 1.523; 1858: 903; 1859: 1.090; 1860: 884; 1861: 565; 1862: 372; 1863: 289; 1864: 801; 1865: 1.125; 1866: 949; 1867: 1.226; 1868: 954; 1869: 788; 1870: 926; 1871: 869; 1872: 1.483; 1873: 1.412; [total 1856-1873=] 18.008. Além da emigração legal, e que consta do mapa acima, há a clandestina. Esta porém considera-se numa escala muito inferior à legal, e compõe-se de indivíduos que não podem sair com passaporte, ou que não fazem o menor escrúpulo de se esquivarem às determinações policiais. Mas nem por isso entendo que deixam de ser exatas as apreciações que fiz sobre as causas da emigração……….Terminarei este relatório declarando que, em tudo que depender deste governo civil...
Datas de produção 1874-11-16/1874-11-16
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/010
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
Relatório do governador civil António José Vieira Santa Rita no qual estão sucintamente contidos os principais assuntos referentes à administração do distrito da Horta do ano de 1875: os expostos, o porto artificial da cidade da Horta, o recrutamento, as contribuições, as embarcações baleeiras, o orçamento e as contas. Inclui ainda algumas considerações gerais do governador. ------------------------------------------- Transcrição: Senhores. Comparecendo novamente perante os senhores procuradores à junta geral, venho na conformidade do que me é determinado pela lei apresentar-lhes o meu relatório sobre o estado do distrito, e necessidades mais urgentes a que cumpre satisfazer para o seu desenvolvimento e prosperidade. Antes porém de entrar nos assuntos que tenho de tratar, é do meu dever comunicar que desde a sua última sessão faleceram os senhores procuradores José Jacinto de Figueiredo e Manuel José de Bettencourt. É com sentimento que faço esta triste participação, e a qual esta junta certamente receberá com igual manifestação de mágoa. Na conformidade do que determina o artigo 195.º do código administrativo mandei proceder às eleições competentes para preencher estas vagaturas……….Expostos……….O movimento total dos expostos no ano findo de 1874-1875 foi o seguinte: no 1.º de julho de 1874 existiam 69 expostos e entraram 64. Findaram a criação 4, os pais reclamaram 3, por virtude da fiscalização foram entregues 9, e faleceram 50, sendo na roda 12 e no poder das amas 38. No dia 30 de junho de 1875 ficaram existindo 67 crianças. Nos filhos das mães solteiras subsidiadas houve o seguinte movimento: em 1 de julho de 1874 existiam 55 crianças. Foram concedidos no ano 40 subsídios. Findaram 27 subsídios e faleceram 2 crianças. Em 30 de junho ficaram existindo 66 crianças subsidiadas. A despesa paga durante este ano económico foi de 1.732$775 reis, pertencendo 484$670 reis ao ano económico de 1873-1874, e 1.248$105 reis ao de 1874-1875. No mapa especificado, que se acha com outros deste serviço junto ao relatório, podem ver-se miudamente as diferentes verbas que compreendem a totalidade daquela despesa. No dia 30 de junho de 1875 ficou existindo a dívida passiva de 523$570 reis, proveniente da despesa no último trimestre do ano económico e a qual já se acha inteiramente paga. No cofre da junta ficou existindo no mesmo dia 30 de junho a quantia de 115$025 reis; e as câmaras municipais deviam das suas quotas a importância de 1.519$887 reis, como mais miudamente se pode ver no respetivo mapa. Continua a dar-se o facto saliente sobre a menor mortalidade dos filhos subsidiados com respeito à dos expostos, facto que tenho feito sobressair por diferentes vezes aos senhores procuradores, e sobre o qual escuso repetir o já dito. A comparação destas cifras com as do ano anterior apresenta levíssimas alterações, mas se se remontar ao tempo em que começou a administração por conta e em harmonia com as providências adotadas pela junta geral encontrar-se-ão notáveis diferenças dignas de referir-se. O movimento total dos expostos no ano económico de 1855-1856 foi de 653, e no ano de 1874-1875 de 133: menos 520. As exposições naquele ano foram em número de 262, e no de 1874-1875 no de 64, menos 198. A despesa em 1855-1856 importou em 3.745$615 reis e no último ano foi de 1.771$615 reis, menos 1.973$940 reis. Estas simples cifras revelam bem os consideráveis melhoramentos introduzidos neste ano de administração: e se calcularmos que, a não haver estas providências com a exposição e criação dos expostos, a despesa teria continuado na mesma escala, para não dizer em aumento, conheceremos logo, que se realizou uma avultada economia. A despesa feita nestes últimos anos foi de 46.353$340 reis, e se ela se tivesse mantido na razão de 3.745$615 reis como foi em 1855-1856, teria montado a 74.912$300 reis, isto é, mais 28.558$960 reis do que realmente se despendeu. Está portanto a experiência aconselhando que a administração continue nos seus esforços para melhorar quanto possível este ramo do serviço público. Foi por virtude deste princípio e da vantagem de coligir em um só documento medidas adotadas em diferentes épocas que esta junta na sessão de 18 de novembro de 1871 confecionou um novo regulamento, e que na sessão do ano findo modificou, em vista das disposições consignadas em portaria do ministério do Reino em data de 10 de abril de 1872, com única exceção da transferência dos expostos da ilha do Pico para o Faial, que manteve ainda. Tendo porém a portaria do ministério do Reino de 23 de março último determinado que cessasse aquela prática e que eu transmitisse a esta junta as observações constantes da mesma, expedi logo as convenientes ordens para seu cumprimento, restando agora à junta providenciar como melhor entender sobre o modo como este serviço deve ser regulado nos concelhos do Pico. Apenas este trabalho for concluído pela junta geral e aprovado pelo governo será imediatamente posto em execução, o que se torna da maior conveniência para estabelecer a uniformidade e regularidade neste importante ramo de administração pública……….Porto artificial……….A construção de um porto artificial na baía da Horta, autorizado pela lei de 20 de junho de 1864, é incontestavelmente o negócio de maior gravidade para este distrito. Escusado é decerto repetir neste lugar considerações já ditas muitas vezes sobre a importância e utilidade desta grande obra. Este negócio foi finalmente resolvido pela portaria do ministério das Obras Públicas de 31 de março do corrente ano, aprovando o plano e o modo de construção proposto para a parte do molhe compreendida entre o Monte Queimado e o ponto a que a restinga se eleva acima da máxima preiamar, adiando a resolução final com respeito ao sistema de construção da parte restante, enquanto não houvesse exato conhecimento da qualidade e grandeza das pedras, que podem fornecer as pedreiras, e do resultado obtido que atualmente se emprega na feitura do quebra-mar de Ponta Delgada, e determinando que o diretor das Obras Públicas tratasse de tomar as disposições necessárias, a fim de dar princípio aos trabalhos de construção da primeira parte do molhe, quando lhe fosse remetida a cópia do projeto. Tendo conhecimento desta portaria pela sua publicação no Diário do Governo número 95, e achando-se a junta administrativa com menos um dos seus membros, entendi dever representar ao competente ministério sobre a conveniência de ser preenchido o seu número, ou de se proceder a nova eleição pela junta geral, o ex.mo ministro em ofício de 12 de junho comunicou-me que por decreto de 8 de junho fora concedida ao d.r António Maria de Oliveira a exoneração, que pedira, e nomeados para substituir este cidadão, e Laureano Pereira da Silva, que já anteriormente havia sido exonerado, a Manuel Maria de Terra Brum e Francisco da Cruz da Silva Reis, e ordenou-me que na primeira sessão da junta geral deste distrito promovesse a eleição dos cidadãos que nos termos da lei de 20 de junho de 1864 devem compor a lista para ser nomeada nova junta. Posteriormente em 14 de julho foi expedido pelo ministério das Obras Públicas um ofício, declarando que o engenheiro diretor das obras do porto artificial de Ponta Delgada tinha recebido ordens para vir a esta cidade conferenciar com a junta administrativa acerca do modo de dar começo à execução das obras do molhe desta cidade entre o Monte Queimado e o ponto em que a restinga se eleva acima da máxima preiamar. Tendo este funcionário chegado a esta cidade, a junta celebrou com o mesmo duas conferências, uma em 11 de agosto e outra em 6 de setembro, nas quais foi especialmente acordado o seguinte: que o começo dos trabalhos devia ser estabelecido em relação a todo o molhe, e não simplesmente à parte compreendida entre o Monte Queimado e a restinga, em consequência da economia que daí resultava para toda a obra; que o engenheiro propusesse ao governo no sentido indicado às alterações que entendem convenientes no projeto aprovado; que a parte administrativa devia ser independente da parte técnica, coadjuvando-se reciprocamente para o bom andamento dos trabalhos; que em virtude deste princípio e das circunstâncias que se tinham dado posteriormente à publicação do regulamento de 7 de março de 1866, fosse este convenientemente reformado e submetido o projeto da reforma à aprovação do governo; e finalmente que a junta, para adiantar tempo, procedesse desde já ao ajuste do preço das expropriações dos prédios para a construção do caminho-de-ferro e exploração de pedra. Nestas conferências também se tratou a questão de meios, e resolveu-se pedir ao governo os fundos votados pela lei de 20 de junho de 1864 para o custeamento das obras, declarando por essa ocasião o s.r engenheiro que calculava que a quantia de 300 contos de reis seria bastante para fazer a construção até aos ilhéus. Destas deliberações se deu conhecimento ao ex.mo ministro das Obras Públicas, tendo sido resolvidas já algumas das indicadas propostas, e achando-se outras em andamento. Em ofício de 14 de setembro foi aprovada a resolução tomada pela junta com respeito ao ajuste das indemnizações, que devem ser pagas aos proprietários dos terrenos precisos para exploração de pedra e construção de caminho-de-ferro. Por decreto de 23 de setembro foi aprovado o novo regulamento da junta, sendo este publicado no Diário do Governo de 30 do mesmo mês de setembro. Pela ordem de delegação n.º 202 foi posta à disposição da junta a quantia de 4.500$000 reis fortes, por conta da lei de 20 de junho de 1864. E consta pelas últimas notícias que a alteração da diretriz do caminho-de-ferro, proposta pelo s.r engenheiro Kopke, fora já aprovada pela junta consultiva das obras públicas, e que a proposta relativa ao modo de construção obtivera parecer favorável. A junta administrativa tem procedido ao processo dos ajustes dos prédios expropriados, o qual se acha bastante adiantado, e considerando a importância da obra, cujo começo é assaz dispendioso, resolveu representar ao governo de Sua Majestade sobre a conveniência de ser dotada com os meios suficientes, a fim de que a sua construção não sofra por falta de dinheiro, e neste sentido lembrou, que além dos dinheiros existente em depósito já mandado entregar pelo ministério da Fazenda ao das Obras Públicas, o governo regulasse o modo de entregar os dinheiros que o Tesouro devera ter entregue por virtude da lei de 20 de junho de 1864, e contraísse o empréstimo dos 260$000 contos de reis fortes, que o artigo 2.º da lei citada autoriza. Estes meios, que podem calcular-se em 600 contos de reis fracos, poderão ocorrer às despesas dos três primeiros anos, faltando por isso igual quantia para a conclusão da obra orçada o máximo em 1.200 contos fracos, cifra redonda. Expus tudo quanto se há passado para elucidar os senhores procuradores sobre tão importante assunto e fornecerei ainda quaisquer outros esclarecimentos que de mim dependerem; e na conformidade do que foi superiormente determinado, confio que esta junta procederá com toda a possível brevidade à formação da lista dos 12 cidadãos, dos quais tem o governo de Sua Majestade de escolher a nova junta administrativa das obras do porto artificial da Horta. Com relação à junta administrativa tenho a observar que seria da maior conveniência que o governo de Sua Majestade nomeasse substitutos aos vogais efetivos, como fez em Ponta Delgada, a fim de estes serem substituídos nos seus impedimentos. A experiência já tem demonstrado a necessidade desta medida, e agora mesmo a junta vê-se obrigada a funcionar com três vogais, incluindo o presidente. Não devo terminar este assunto sem manifestar a boa vontade com que o governo se tem prestado para o andamento deste negócio, e a incansável solicitude com que os deputados por este distrito e especialmente o Engenheiro Filipe de Carvalho se tem empenhado a fim de aplanar todas as dificuldades, que naturalmente se oferecem no desenvolvimento de uma obra de tamanha magnitude, tornando-se por este motivo credores da nossa gratidão……….Recrutamento……….No Diário do Governo n.º 201 foi publicado o decreto de 16 de agosto último, fazendo a distribuição de 2000 recrutas por conta do ano de 1875. Ao distrito da Horta coube o contingente de 30 recrutas, que a junta geral tem de repartir pelos concelhos, tomando por base a população……….Contribuições……….O contingente da contribuição predial que compete a este distrito no ano civil...
Datas de produção 1875-11-15/1875-11-15
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/011
Localização física C0.
 
Informação não tratada arquivisticamente.
É o relatório de gerência do governador Luís Teixeira Sampaio Júnior. Trata-se do instrumento pelo qual ele apresenta ao ministro do Reino a sua visão do estado do distrito a respeito dos seguintes aspetos: a instrução primária, a instrução secundária, a instrução eclesiástica, os lazaretos, os cemitérios, os facultativos, a emigração, o recrutamento, as cadeias, as misericórdias, os asilos, as confrarias, a administração municipal, os expostos, a divisão de território. Possui junto o índice dos documentos que foram anexados ao relatório. -------------------------------------- Transcrição de algumas partes do relatório:..........Instrução primária…..Já nos relatórios especiais que sobre a instrução pública tive a honra de remeter ao ministério a digno cargo de vossa excelência, tenho feito ver que a instrução primária no distrito se acha mais desenvolvida, e que, à proporção que se vão criando novas escolas, maior vai sendo a concorrência dos alunos. É portanto necessário e vantajoso que se vão estabelecendo novas escolas naquelas freguesias que ficam muito distantes das que funcionam, e por isso consigno aqui o meu pedido, já por várias vezes feito, e que a junta geral ampliou na sua consulta da sessão de 1856. No caso em que o pedido da junta não possa ser totalmente atendido, entendo que devem ser primeiramente contempladas as freguesias dos Cedros e Capelo no Faial, Prainha no Pico e Ponta Delgada nas Flores, em razão de serem bastante populosas e não poderem concorrer às escolas colocadas nas outras freguesias. Devo advertir que na freguesia dos Cedros existe um professor de primeiras letras com a gratificação de quarenta mil reis, paga pelo cofre das confrarias, e devo instar com a criação desta escola pelo governo, por causa dos motivos que serão expostos quando tratar da beneficência pública no distrito. Em todos os meus relatórios tenho declarado que o aproveitamento dos alunos não se achava em proporção com a sua concorrência, podendo atribuir-se estes resultados a diferentes causas, entre as quais suponho que mais avulta a pouca idoneidade da maior parte dos professores. Nem outra cousa se pode esperar de homens que ganham o diminuto ordenado de noventa mil reis, sujeito a décimas, e uma grande gratificação de vinte mil reis paga pelas câmaras municipais. Isto mesmo é bem reconhecido de todos, e todos os que realmente se empenham pela educação popular e pelo futuro desta terra lastimam sinceramente a mesquinhez com que é retribuído o ensino primário. Enquanto pois o Tesouro não se julgar habilitado para essa importante reforma nos ordenados dos professores das escolas de primeiras letras, devemo-nos contentar com o aumento que nestes últimos anos tem tido a existência das escolas primárias, e com os resultados favoráveis que dali têm provindo à educação popular. Ainda que já nos relatórios especiais tenha remetido os mapas de movimento dos alunos nas escolas, ajunto aqui o da instrução primária neste último ano, comparando com o ano de [espaço em branco], a fim de que se avalie melhor a diferença que se dá nestes últimos anos……….Cemitérios…..Felizmente no distrito acabou-se totalmente o antigo e prejudicial costume de se enterrarem os mortos nas igrejas. Em todo ele, tanto as câmaras municipais como as juntas de paróquia e algumas irmandades, com o consentimento do governo, têm cemitérios próprios, que tratam e sustentam. Mas como alguns destes tinham sido primeiramente muito mal colocados, foi forçoso obrigar as câmaras e as juntas a fazerem aquelas remoções que a saúde pública exigia. Assim o cemitério próprio dos ingleses, pela sua péssima colocação, foi mudado. O da junta de paróquia das Angústias, na cidade, foi extinto. As juntas de paróquia da Praia do Almoxarife e Castelo Branco estão construindo novos nos sítios indicados pelo delegado do conselho de Saúde, e se muitas outras intimadas para esse fim não deram já um inteiro cumprimento a estas ordens é pela razão de que não têm meios prontos para estas despesas. É de crer, porém, que havendo zelo e diligência da parte do governo civil...
Datas de produção 1857-04-03/1857-04-03
Código de referência PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/00004/002
Localização física C0.