Ramiro Valadão
Nível
Registo de autoridade
Código
RAV
Forma autorizada de nome
Ramiro Valadão
Datas de existência
1918-03-21
a
1997-09-19
História administrativa/biográfica/familiar
Ramiro Valadão, nasceu em Angra do Heroísmo, filho de Francisco Lourenço Valadão Júnior e Evangelina Machado Valadão, frequentou o Liceu Nacional de Angra, onde teve alguma atividade política nos anos iniciais do Estado Novo como membro do grupo de jovens nacionalistas. Terminado o ensino secundário, matriculou-se no curso de Ciências Histórico-Filosóficas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Enquanto estudante em Coimbra participou no associativismo estudantil, mantendo a sua ligação aos movimentos de extrema direita, tendo presidido à direção da Associação Académica de Coimbra (1939-1941). Ainda estudante em Coimbra iniciou uma ligação à imprensa escrita que manteria durante toda a sua vida profissional.Na esfera social de Rolão Preto e de Dutra Faria, ideologicamente próximo do nacional-sindicalismo e das correntes fascizantes portuguesas da década de 1930 acabou por se aproximar do corporativismo de Oliveira Salazar e se integrar no aparelho do Estado Novo, ascendendo à chefia dos serviços de imprensa da União Nacional e ao lugar de deputado pelo círculo eleitoral de Angra do Heroísmo. Como deputado integrou a comissão de «Educação Nacional, Cultura Popular e Interesses Espirituais e Morais», tendo intervenção relevante nas matérias referentes aos transportes marítimos e aéreos nos Açores, foi também comentador político na Emissora Nacional e teve participação ativa nos anos iniciais da Rádio Televisão Portuguesa. Em abril de 1969 foi nomeado presidente do conselho de administração daquela empresa, cargo que manteria até à queda do regime do Estado Novo na sequência da Revolução de 25 de Abril de 1974.Considerado uma das personalidades mais importantes do regime deposto, foi preso em dezembro de 1974, acusado de crimes de abuso de confiança e burla durante o período em que presidiu à Rádio Televisão Portuguesa. Julgado a partir de abril de 1975, pagou uma caução e refugiou-se no Brasil, sendo condenado à revelia a uma pena de quatro anos de prisão. Regressou a Lisboa na sequência da amnistia de 1983, mantendo sempre a sua posição ideológica.
Relações com registos de descrição