Camilo de Almeida Pessanha
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BPARLSR/PSS/CAP
Tipo de título
Formal
Título
Camilo de Almeida Pessanha
Datas de produção
1893
a
1899
Dimensão e suporte
1 foto; 3 documentos
Entidade detentora
Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro
Produtor
Camilo de Almeida Pessanha
História administrativa/biográfica/familiar
Camilo Pessanha (1867-1926) foi um poeta português, o melhor representante do Simbolismo de Portugal. Sua poesia é marcadamente pessimista, sendo notória sua rejeição pelo mundo material.Camilo de Almeida Pessanha (1867-1926), conhecido como Camilo Pessanha, nasceu em Coimbra, Portugal, no dia 7 de setembro de 1867. Filho de António de Almeida Pessanha, na época, um estudante de Direito, e de Maria do Espírito Santo Duarte Nunes Pereira, uma criada de sua casa. Completa seu curso primário em Lamego, e em seguida estuda no Liceu Central de Mondego. Em 1884, ingressa na Universidade de Coimbra.Durante o período académico, levava uma vida boémia, o que refletia em sua saúde. Publicava seus poemas em revista e jornais, entre eles, “A Crítica”, de Coimbra e o “Novo Tempo”, de Mangualde. Nas férias, tentava se restabelecer, na casa da família, na Quinta de Marmelos, em Mirandela. Em 1891, concluiu o curso de Direito. No ano seguinte foi nomeado Procurador Régio de Mirandela. Dois anos depois vai para Óbidos, onde advoga até 1894. Após passar em concurso, segue para Macau, colónia portuguesa, na China, para lecionar Filosofia, no recém-criado Liceu de Macau.Camilo Pessanha participou da organização das revistas “Orfeu” e “Centauro”, prenunciando o espírito modernista. Em 1922, Camilo Pessanha publica seu único livro de poesias “Clépsidra”, (palavra que indica um tipo de relógio de água), onde reuniu as características essenciais do Simbolismo português.Camilo Pessanha é considerado o melhor representante do Simbolismo português. Inadaptado à realidade, carrega na alma a dor de existir, enquadrando-se perfeitamente nos padrões da nova escola. Na elaboração de seus poemas, joga com as palavras, rompe com as tradicionais estruturas, para apresentar uma linguagem musical, contrária aos rigorosos padrões da poesia parnasiana.A cor, a música e a pintura constituem imagens vivas em sua poesia. Impressões sensoriais sugerem uma atmosfera abstrata, que assume proporções simbólicas no momento da criação artística, como no verso: “Peixinhos da mais alva porcelana, / Conchinhas tenuemente cor-de-rosa, / Na fria transparência luminosa / Repousam, fundos, sob a água plana”.A união de seus pais, ele um aristocrata, e ela na condição de criada, refletiu, mais tarde, em algumas de suas obras, entre elas, a novela “Segundo Amante” e no soneto “Madalena”. Postumamente, foi publicado “China”, uma coletânea de escritos e artigos sobre a cultura chinesa.Camilo Pessanha faleceu em Macau, na China, no dia 1 de março de 1926.Em vida, Pessanha teve um grande amor por Ana de Castro, mas cujo amor foi recusado, pois ela estava casada. Pessanha enviara várias cartas à Ana de Castro, mas nunca obteve resposta. Passado alguns anos, Ana de Castro enviuvou-se e encontra-se com Pessanha, mas esse reencontro não reacendeu os amores frustrados. Pessanha sofria calado com esse amor que era só dele. Pessanha, com a sua caneta, transportava para todos os seus poemas esse amor tão incomensurável; um amor não correspondido que ultrapassou os tempos.
Âmbito e conteúdo
O fundo é composto por 3 cartas e uma foto
Sistema de organização
O fundo foi organizado por unidades de instalação, por ser composto por poucos documentos. Foi ordenado por ordem cronológica.
Condições de acesso
Livre acesso
Condições de reprodução
Livre acesso
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Bom estado de conservação
Instrumentos de pesquisa
Archeevo
Existência e localização de originais
Casa Forte, Bloco 7 Superior, Estante 6, Prateleira 4
Notas
Existe espólio dele na Biblioteca Nacional de Portugal.
Data de publicação
04/04/2018 16:44:10