Arquivo Mello Manoel da Câmara
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Fundo
Código de referência
PT/BPARPD/FAM/AMMC
Tipo de título
Atribuído
Título
Arquivo Mello Manoel da Câmara
Datas de produção
1500
a
1900
Datas descritivas
Séc.s XVI-XX
Dimensão e suporte
58 mç.s , 2 lv.s, 19 cx.s com doc.s soltos.
Extensões
58 Maços
2 Livros
19 Caixas
6,2 Metros lineares
Entidade detentora
Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
Produtor
Família Mello Manoel da Câmara / condes da Silvã
Estatuto legal
Depósito (contrato de 12 jun. 2006).Transformado em doação (contrato de 17 dez. 2021).
História custodial e arquivística
Arquivo que deu entrada mediante contrato de depósito entre o Engº Luís Francisco Machado de Faria e Maia e sua irmã, D. Maria Leonor Miranda de Faria e Maia de Oliveira, e o ARPDL, em 12 jun. 2006.Os dois detentores deste arquivo - que se encontrava na Casa de Sant'Ana, em Ponta Delgada - tinham-no herdado de sua tia, D. Maria Leonor Gago de Faria e Maia (1906-1974), a qual, por sua vez, o herdara de seu marido, Dom Francisco Leite de Ataíde de Mello Manoel Arruda (1901-1959), filho do Dr. Francisco de Mello Manoel Leite de Arruda (1868-1924), a quem o arquivo fora legado em testamento, tal como os retratos de família, por seu tio, o 2.º conde da Silvã, Dom Francisco de Mello Manoel da Câmara (1837-1919).O Dr. Francisco de Mello Manoel Leite de Arruda era filho de D. Ana Constança de Mello Manoel da Câmara (1845-1918), filha dos 1.ºs condes, e de seu marido, José de Arruda Leite Botelho (1839-1897).Há indicação de que o arquivo tenha sido organizado ao longo do tempo, nomeadamente por Dom Francisco de Mello Manoel da Câmara (1773-1851), o qual, por sua vez, o enriqueceu com aquisição de um considerável número de documentos, por compra, ou em leilão, como é o caso de uma grande quantidade de correspondência dirigida por Gonçalo Xavier de Alcáçova Carneiro a António Ribeiro Sanches (mç.s 60 e 61). Igualmente se nota a intervenção do guarda-livros da Casa, João Gualdino Gagliardini, pelo menos a partir da década de 1830.Já no séc. XX, nota-se, também, a intervenção do citado Dr. Francisco M. M. Leite de Arruda, que anexou, igualmente, alguma documentação, e de seu filho, aquele Dom Francisco Leite de Ataíde de M. M. Arruda, que desenvolveu a organização, sendo a maior parte dos documentos identificada com sumários, listas ou outros elementos de descrição, e acondicionada em capilhas numeradas (numeração sequencial, geral para todos os maços ou pastas), apesar de alguns erros de leitura do conteúdo. A essa organização corresponde um "Indice por ordem alfabética do arquivo da casa - Mello-Manuel", por Francisco Atayde de Mello Manuel Arruda, vol. encadernado onde constam (apenas até à letra N) as referências dos documentos e sua localização nos respetivos maços ou pastas. Notam-se, porém, casos em que essas referências já não correspondem, pois algumas capilhas encontram-se em maços diferentes dos indicados e fora da ordem sequencial.Em toda a organização refletida no "Índice" foi dada aos maços a designação de pastas e às capilhas a de maços.Esse "Índice" deu entrada no ARPDL a 2 jun. 2015, entregue pelos herdeiros da depositante, representados pela cabeça de casal da herança de sua mãe, Dr.ª Helena Margarida Faria e Maia de Oliveira Gomes Brandão, igualmente em representação da viúva do depositante, D. Maria Júlia Teixeira Rodrigues de Faria e Maia.
Âmbito e conteúdo
Trata-se de um arquivo essencialmente de cariz patrimonial, incluindo igualmente numerosa documentação referente à titularidade de cargos, comendas e mercês diversas, bem como estudos e apontamentos genealógicos, heráldicos e nobiliárquicos:- escrituras de compra e venda, de aforamento, de dívida, de distrate, contratos, emprazamentos, procurações, certidões de processos judiciais, inventários, conhecimentos de dívida, conhecimentos da décima, obrigações de dívida; recibos de rendas de casas e de outras propriedades; mandados de penhora; correspondência; cartas e alvarás régios (tenças, foros e moradias da Casa Real, nomeações na alcaidaria-mor de Lamego, cartas patentes militares, cartas de padrão, concessão do senhorio da vila da Silvã e do título de conde da Silvã, etc.).Alguns documentos são relativos ao Brasil, tanto do governo da Ilha de Santa Catarina (1753-1762), por Dom José de Mello Manoel (1691-1780), como de Dom Francisco de Mello Manoel da Câmara (1773-1851) e seus antecessores, na capitania do Maranhão (1805-1810); existem, por ex.º, plantas, desenhos e estampas relativas à Campanha Peninsular e à capitania do Maranhão. Deste mesmo, existe uma grande quantidade de listas bibliográficas, catálogos de livrarias, relações de livros e documentos, bem como documentação relativa a aquisições e correspondência com livreiros. Além disso, o acervo contém, também, documentação referente à venda à Biblioteca Nacional, em 1852, da reputada como importante "Livraria de Dom Francisco de Mello Manoel da Câmara", também conhecida como "Livraria do Cabrinha". Essa venda, realizada pelo filho, Dom João de Mello Manoel da Câmara (1800-1883), esteve na origem da concessão, a este e no mesmo ano, do título de conde da Silvã, reportando-se essa mercê ao senhorio da vila da Silvã, na comarca de Viseu, concedido ao embaixador, Dom Francisco de Mello Manoel (1626-1678), por carta de 8 nov. 1668 (D. Pedro II).Entre outros conjuntos documentais, inclui documentação respeitante:- à família de D. Joaquina Violante de Portugal Correia de Lacerda (1737-1804), mulher de Dom José de Mello Manoel: Correia de Lacerda Coronel de Sá e Menezes, administradores do morgado do Rato, em Lisboa; Macedo Velho, desembargadores do Paço; e Freire Gameiro de Sousa (nomeadamente de Dom António Freire Gameiro de Sousa [1727-1799], o 1.º bispo de Aveiro, entre 1774 e 1799);- à familia de D. Joana Vitória Forbes de Almeida e Portugal (1771-1839), mulher daquele Dom Francisco de Mello Manoel da Câmara: Forbes de Skellater, Fraser, condes de Bombelles, Almeida e Portugal.Para além de documentos de arquivo, foram depositadas algumas publicações periódicas de finais do séc. XIX - início do séc. XX, integradas nas coleções da Biblioteca Pública.Localização atual: Dep. 7, col. 108/5 - col. 110/1.
Condições de acesso
Não disponível à leitura, dado que os documentos ainda não estão inventariados e cotados.
Idioma e escrita
Português, Latim, Castelhano, Francês, Inglês
Instrumentos de pesquisa
"Indice por ordem alfabética do arquivo da casa - Mello-Manuel"Base de dados Arqbase MMC, onde estão copiados os títulos e resumos que constam de cada capilha de documentos, acondicionados nas pastas.
Notas
Datas apenas atribuídas, pelo facto deste fundo não se encontrar inventariado e catalogado.A cedência do arquivo pelo 2.º conde da Silvã consta de uma carta do Dr. Francisco de Mello Manoel Leite de Arruda (rascunho), dirigida ao Dr. Maximiano de Lemos, estudioso de Ribeiro Sanches, acerca da correspondência a este dirigida por Gonçalo Xavier de Alcáçova, e datada de jun. 1919 (mç 61).Com este arquivo, deu entrada um outro conjunto documental que constitui uma parte do Arquivo Leite Botelho de Teive (família originalmente proprietária da Casa de Sant'Ana, em Ponta Delgada), encontrando-se essa documentação acondicionada em 19 cx., mas ainda não devidamente identificada, sabendo-se que inclui documentos do próprio Arquivo Mello Manoel da Câmara, bem como do ramo da família Machado de Faria e Maia ao qual passou a propriedade da casa, pelo casamento de D. Teresa Rebelo Leite Botelho de Teive (1859-1922) com o Dr. Guilherme Machado de Faria e Maia (1840-1889).
Data de publicação
25/10/2018 13:52:44