João de Ávila

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João de Ávila

Detalhes do registo

Nível de descrição

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Código de referência

PT/BPARLSR/FAM/CCPV/H-J05

Tipo de título

Atribuído

Título

João de Ávila

Datas de produção

1600-07-04  a  1839-11-10 

Dimensão e suporte

129 documentos

História administrativa/biográfica/familiar

Nasceu em Angra, a 26 de abril de 1596. Era oriundo, por parte dos avós, de famílias castelhanas, e os seus pais pertenciam à plebe da cidade. Nada faria prever, à sua nascença, a sua notável ascensão social. Estudou com os Jesuítas, mas optou por dedicar-se ao comércio, e conseguiu assim arrecadar fortuna. Com 21 anos de idade, seria nomeado alferes da Companhia de Ordenanças de Diogo do Canto e Castro. Cedo se faria notar através de feitos de bravura militar, particularmente em defesa da ilha e apoio aos barcos da carreira das Índias. De tal forma, que em 1630 foi nomeado mamposteiro-mor dos cativos na Ilha Terceira.Em 1641, em plena Guerra da Restauração, João de Ávila era o vereador mais velho da Câmara de Angra, e tomou a posição da defesa da causa nacional, tendo sido extremamente ativo na ação do Cerco ao Castelo de São Filipe, por diversas vezes arriscando a sua vida e dando exemplos de persistência e bravura. Após a guerra, foi nomeado capitão de ordenanças, recebeu a mercê de Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis e, depois, de Cristo.Continuou a exercer cargos de importância política e militar e, em tempos de crise, chegou a auxiliar a Fazenda Real do seu próprio bolso, pelo que foi nomeado feitor da Alfândega de Angra. Continuou, ademais, a participar na defesa das naus, particularmente as frotas do Brasil. Em 1646, seria nomeado juiz ordinário de Angra. Em paralelo, nunca deixou de exercer atividade comercial, através da qual foi acumulando uma enorme riqueza. Nesta vertente da sua vida, foi atestada a sua honestidade e a constância com que honrava todos os seus contratos. Em virtude disto, foi também nomeado, em 1650, administrador da Companhia Geral do Comércio do Brasil na Ilha Terceira. Prestou também serviços na Santa Casa da Misericórdia, e foi o padroeiro do Convento dos Capuchos Franciscanos.Em 1655, viu materializado o auge da sua ascensão social, quando foi feito Fidalgo Cavaleiro da Casa Real por carta régia. Casou por duas vezes: a primeira, com Maria Borges Sanches, de quem teve um filho, Francisco Borges de Ávila, que faleceu em vida do pai; a segunda, com Mónica de Andrade. A sua neta e herdeira por via do seu primeiro casamento, Maria Paula Borges de Ávila, casaria com o filho de Francisco de Ornelas da Câmara, Governador do Castelo de São João Batista, Manuel Paim da Câmara.Numa época em que a fidalguia provinha quase exclusivamente da ascendência e da herança de antepassados, João de Ávila distinguiu-se por ter sido, à maneira dos guerreiros medievais que originaram a nobreza portuguesa, a própria raiz e tronco da sua casa, aquele que proveio da plebe e deu origem a uma linhagem de nobreza.Faleceu em Angra, a 18 de junho de 1684, com 88 anos de idade.

Publicador

dn850423

Data de publicação

25/09/2023 12:20:54