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Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense

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Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BPARPD/ASS/SPAM

Tipo de título

Atribuído

Título

Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense

Datas de produção

1843  a  1905 

Dimensão e suporte

6945 doc.

Extensões

27 Livros
97 Capilhas
13 Caixas

Entidade detentora

Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada

Produtor

Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense

História administrativa/biográfica/familiar

A Sociedade Promotora da Agricultura Micaelense é criada a 11 de janeiro de 1843 com o objetivo de promover o desenvolvimento da agricultura na ilha de S. Miguel através do desbravamento de terras incultas, adoção de métodos científicos, contato com associações estrangeiras e de divulgação através do seu jornal de espécies de plantas susceptíveis de se adaptarem ao solo e clima da ilha. O seu aparecimento antecede a formação das sociedades e do ensino agrícolas sendo a única estrutura associativa do género a surgir no país durante a primeira metade de oitocentos. Esta iniciativa pioneira justifica-se tanto pela prosperidade da elite terratenente local envolvidas na produção e comércio da laranja, cultura que dominou a paisagem agrária da ilha durante grande parte do séc. XIX, em permanente contato com Londres e os principais centros de civilização, como pelo aparecimento do insecto da laranja que ameaçava a principal cultura, e fonte de riqueza, impondo a necessidade de encontrar novos caminhos para a agricultura local. A SPAM pretendia funcionar como um centro coordenador em benefício do desenvolvimento da ilha editando um periódico mensal, "O Agricultor Micaelense" [nº1 (20 Out.1843) - nº51 (Mar.1852)], dedicado à divulgação dos mais recentes conhecimentos agronómicos. Além do jornal criou uma biblioteca e um gabinete de consultas agronómicas, organizou cursos e cultivou viveiros de espécies a introduzir na ilha. Ligada à sua ação surgem alguns dos mais importantes jardins de S. Miguel e desenvolvem-se culturas de substituição da laranja como tabaco, ananás e chá.Durante a segunda metade do século XIX teve uma significativa importância para a agricultura regional que terá esmorecido já no período final desta centúria vindo a Sociedade a ser extinta na segunda década do séc. XX.

História custodial e arquivística

O arquivo da SPAM deu entrada na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada em data desconhecida. Após a extinção da sociedade agrícola a documentação deverá ter estado na Associação Comercial de Ponta Delgada, como o sugere a existência de alguns documentos desta Associação no arquivo da SPAM, sobretudo da década de trinta do séc. XX, sendo, possivelmente, a responsável pelo seu ingresso na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada.Além de documentos da Associação Comercial de Ponta Delgada encontravam-se também no arquivo dois livros de rendas e foros da família Brum da Silveira, uma genealogia da família de Ornelas, compilação de documentos relativa ao arcebispo de Évora D. Teotónio de Bragança e correspondência dirigida a José do Canto. É provável que a existência desta documentação de origem diversa, entre os documentos da SPAM, se deva a José do Canto, casado com a herdeira da família Brum da Silveira e um conhecido bibliófilo. Sendo um dos fundadores da SPAM, associação a que permaneceu ligado durante muito tempo, poderá ter junto ao arquivo da Associação documentos de proveniência diversa.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Não se conhece a fonte imediata de aquisição.

Âmbito e conteúdo

Documentação com informações para a agricultura em S. Miguel sobre culturas, sementes, leilão de plantas e, sobretudo, para a história da SPAM, nomeadamente livros de atas das sessões da Sociedade, das assembleias gerais e de direção, livros de contabilidade e de correspondência, ofícios, estatutos, propostas, regulamentos, portarias e documentos de contabilidade.Localização actual: Dep. 1, col. 167/5 - col. 168/2.

Sistema de organização

Embora se encontrasse desorganizado foi possível recuperar a organização dada em 1905 ao arquivo, a qual é expressamente referida em várias capilhas (p. ex. "Correspondência de 1843 existente em 1905"). A documentação ordenada cronologicamente encontra-se, para cada ano, acondicionada em duas capilhas, uma para correspondência e atos administrativos e outra para documentos relativos a contabilidade, contendo cada uma delas um índice onde são sumariamente referenciados os documentos que existiam em cada uma dessas capilhas. Na década de trinta do século XX o arquivo foi parcialmente sujeito a uma nova organização, provavelmente na Associação Comercial de Ponta Delgada, em que foi valorizada a correspondência e documentos relativos a atos administrativos. Por ser menos completa e mais recente que a organização dada em 1905 esta última foi preterida em função da realizada ainda na entidade produtora.A recuperação da organização de 1905 permitiu constatar a existência de documentos em falta e, por outro lado, de documentos soltos que se optou por descrever individualmente.

Instrumentos de pesquisa

As capilhas criadas em 1905 contém um índice dos documentos que nelas se encontravam.

Unidades de descrição relacionadas

Relação de complementaridade - Livro de Contas da Direção de 1898 a 1912; Livro de Inscrição dos Sócios Contribuintes, seu movimento, débito e pagamento 1878 - 1905Serviços de Documentação da Universidade dos Açores, Arquivo Raposo de Amaral.

Data de publicação

12/07/2017 20:02:49