Luís da Silva Ribeiro
Nível de descrição
Subsérie
Código de referência
PT/BPARPD/FAM/TC/JBTC / GFTC/001-342
Tipo de título
Atribuído
Título
Luís da Silva Ribeiro
Datas de produção
1919-06-05
a
1955-02-13
Dimensão e suporte
1257 doc.
História administrativa/biográfica/familiar
Nasce em Angra do Heroísmo a 4 janeiro 1882 e morre na mesma cidade a 24 fevereiro 1955. Etnógrafo. Concluídos os estudos secundários em Coimbra, bacharelou-se em Direito, em 1907, tendo declinado o convite para se doutorar. Regressado à Terceira, ocupou vários cargos: Delegado-Procurador da Coroa na Relação dos Açores, lugar obtido por concurso, mas recomendado pelo Partido Regenerador local; Administrador do Concelho e Comissário da Polícia de Angra (4 de julho a 2 de setembro de 1910); Juiz Administrativo (alvará de 19 de Dezembro de 1910), Chefe da Secretaria da Câmara Municipal de Angra (2 de abril de 1925 a 4 de dezembro de 1952). Foi ainda, num curto espaço de tempo, professor do Curso Complementar de Letras e de Canto Coral, no Liceu de Angra.Devido à sua militância republicana e ligação ao Partido Democrático, andou envolvido na administração local, quer por nomeação, quer por eleição. Foi nomeado presidente da Câmara de Angra, em 1911; governador civil substituto, em 1913; presidente da Junta Geral, em 1914-1915, por eleição; manteve-se como procurador em anos seguintes, até se desligar do Partido Democrático, em 1919, do qual havia sido líder. Manteve o seu espírito independente e liberal, embora tivesse colaborado com os organismos locais do Estado Novo, em tarefas muito concretas de carácter cultural. Em 1931, foi punido com 150 dias de suspensão, com perda de vencimentos, por ter sido acusado de facilitar a ocupação de aposentos camarários por parte dos deportados que se haviam revoltado. Foi membro de várias instituições que reflectiam as suas preferências culturais: sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa; membro do Instituto de Coimbra-Academia Científica e Literária; Instituto Português de Arqueologia, História e Etnografia; Sociedade Portuguesa de Antropologia; Consejo Superior de Investigationes Cientificas (Espanha); Instituto de História e Geografia do Rio Grande do Sul; Sociedade Tucumana de Folclore (México); Clube Internacional de Folcloristas (Brasil); Academia de Mendonza (Universidade de Cuyo); Academia de Jurisprudência e de Legislação (Madrid); Instituto Açoriano de Cultura; Sociedade de Estudos Açorianos «Afonso Chaves» e Instituto Histórico da Ilha Terceira. Pertenceu à maçonaria, tendo feito a regularização ainda em Coimbra, na Loja Pró Veritate. Transitou para a Loja União e Liberdade, em Angra, em 1907, tendo atingido pelo menos o grau 20.No Correio dos Açores, jornal fundado em 1920, deixou uma vasta colaboração que se debruça sobre as temáticas acima referidas. Naquele periódico publicou uma série de artigos sobre o açorianismo, a construção da unidade e identidade regional e, em 1936, os Subsídios para um ensaio sobre a açorianidade. Pela lucidez e profundidade do seu pensamento, Nemésio escreveu que era «a alma e consciência da nossa ilha (Terceira) e dos Açores». Parte da sua obra foi reunida em volumes temáticos, mas existem ainda muitas dezenas de artigos dispersos pela imprensa.http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx
Âmbito e conteúdo
Refere assuntos literários, atualidade política, cultural e económica em correspondência trocada ao longo de quase quarenta anos. Inclui além das cartas enviadas por Luís da Silva Ribeiro a José Bruno, um número significativo de cartas escritas por José Bruno para Luís da Silva Ribeiro, as quais foram devolvidas pela família deste ao autor após a morte de Luís da Silva.A maioria dos documentos encontram-se descritos ao nível de documentos simples ou documento composto cerca de 85% dos documentos (1075 documentos num total de 1257).
Cota atual
583 - 1703; 1829 - 1938; 4962
Existência e localização de cópias
Série digitalizada ao abrigo do protocolo estabelecido com CHDA.
Data de publicação
04/03/2021 14:42:02