Manuscritos de José Liberato Freire de Carvalho
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/MEC/0067
Tipo de título
Atribuído
Título
Manuscritos de José Liberato Freire de Carvalho
Dimensão e suporte
1 liv.
História administrativa/biográfica/familiar
José Liberato Freire de Carvalho (Quinta de Monte São, São Martinho do Bispo, 20 de Julho de 1772 — Lisboa, 31 de Março de 1855) foi um frade da Ordem dos Cónegos Regrantes da Santa Cruz que depois de egresso foi jornalista e intelectual de relevo e um dos políticos portugueses mais marcantes do século XIX.Exerceu as funções de deputado às Cortes e de redactor do jornal oficial, a Gazeta de Lisboa. Foi um dos editores dos jornais da emigração liberal portuguesa em Londres e é autor de uma extensa obra sobre a história política de Portugal e da Europa. Foi eleito sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa em 14 de Dezembro de 1836. Com o nome simbólico de Spartacus, foi membro da Maçonaria, sendo em 1804 eleito Grande Orador do Grande Oriente Lusitano e posteriormente dirigente interino da Maçonaria do Sul (1834-1835).Terminada a Guerra Civil, regressou a Lisboa, onde foi nomeado 2.º Grão-Mestre interino do Oriente Saldanha ou Grande Oriente Lusitano da Maçonaria do Sul, de aliança saldanhista, cargo que exerceu nos anos de 1834 e 1835. Em 1835 passou a ser membro da Sociedade Patriótica Lisbonense. Simultaneamente foi eleito deputado às Cortes pelo círculo da Madeira, para a legislatura que começou a 15 de Agosto de 1834 e terminou a 4 de Junho de 1836, tomando assento no parlamento a 4 de Outubro de 1834. Nesta legislatura destacou-se na discussão da lei de liberdade de imprensa, recusando a interferência dos poderes públicos no jornalismo. Foi encarregado de redigir o Auto de Exclusão de D. Miguel.Até à Revolução de Setembro (1836) foi arquivista da Câmara dos Pares do Reino, sendo então nomeado, por Manuel da Silva Passos, presidente Comissão Administrativa da Imprensa Nacional,[8] cargo que exerceu até 1838. Após a revolução, foi eleito deputado às Cortes constituintes de 1837-1838, pelo círculo de Lisboa, tendo participado activamente na discussão da Constituição Portuguesa de 1838, votando com a facção mais radical.Apesar de ter sido eleito deputado pelo círculo de Lisboa para a legislatura de 1838-1840, a partir de 1838 retirou-se progressivamente da vida pública, dedicando-se às letras e à Academia Real das Ciências de Lisboa, de que foi um dos mais assíduos académicos. Ainda assim, subscreveu com outros deputados setembristas uma proposta de lei visando alterar a lei eleitoral então vigente.Destacando-se pela sua independência e desapego aos bens materiais, rejeitou todas as prebendas e vantagens que lhe foram oferecidas, tendo falecido pobre. Deixou uma vasta obra histórica, política e autobiográfica, sendo considerado como um dos principais ideólogos do primeiro liberalismo português, particularmente pela sua influência sobre a imprensa durante a fase da emigração liberal em Inglaterra e Françahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Liberato_Freire_de_Carvalho (disponível em 23 fev. 2016)SILVA, Inocêncio Francisco da - Dicionário bibliográfico português. Lisboa: Imprensa Nacional, 1860 (t. 4, p. 417-421)
Âmbito e conteúdo
Contém 6 manuscritos (rascunhos / borrões /cópia) encadernados em livro:1) Catão ou entretimento sobre a liberdade e as virtudes políticas2) Introdução a uma história filosófica dos Papas3) Interesses das potências continentais relativamente à Inglaterra por Carlos Teremin, conselheiro da embaixada da Prússia, antes empregado na corte de Londres [31 jul.1795 (12 de termidor ano 3º da República)]4) Notas históricas extraídas das crónicas manuscritas de D. Marcos da Cruz5) Sem título, incompleto (começa f. 97, sobre política europeia)6) Recopilação da história da revolução da França
Cota atual
67Dep. 2, 354/1
Cota antiga
Ms. 34
Características físicas e requisitos técnicos
Dobrados (manuscritos n.ºs. 4 e 6).
Existência e localização de cópias
ECMS067 (cópia digital)
Data de publicação
05/05/2020 13:19:20