Costa Chaves e Melo

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Costa Chaves e Melo

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Subfundo   Subfundo

Código de referência

PT/BPARPD/PSS/MEC-CCM

Tipo de título

Atribuído

Título

Costa Chaves e Melo

Datas de produção

1518  a  1864 

Dimensão e suporte

18 ua (4 liv., 14 mç., 736 doc.)

Produtor

Costa Chaves e Melo

História administrativa/biográfica/familiar

Família descendente de Inácio da Costa Rebelo e de D. Margarida de Chaves (filha de Tomás de Torres, castelhano, e de Ana de Chaves, moradores na Ribeira Grande, já falecidos à data do casamento da filha em 11 jan. 1644). Política e socialmente, o processo de ascensão social da família consolida-se no 2º quartel do século XVII. Mercadores, aplicam os rendimentos na aquisição de terra com o intuito de vincular de forma a preservar o “lustre” da família. O pai de Inácio da Costa Rebelo, Manuel da Costa, da Calheta, assim designado por ser este o local da sua residência, mercador, desempenha vários cargos administrativos, relacionados com o fisco e com a gestão camarária (tesoureiro dos Direitos dos 2 % na Alfândega de PDL em 1621, procurador do concelho em 1623-1624, feitor da Alfândega de 1624 a 1628, lealdador-mór dos pastéis em 1634, ofício no qual sucede o filho Inácio enquanto durar o impedimento do proprietário).Vários membros frequentam estudos superiores, desempenham cargos administrativos, fazem parte de confrarias e irmandades, são eleitos para a gestão do Município e da Santa Casa da Misericórdia da cidade de Ponta Delgada. Neste processo de ascensão social destaco o capitão Martim da Costa Chaves e o capitão Francisco Afonso de Chaves e Melo. Administram 27 vínculos (alguns de pequena dimensão) que, por escritura de 20 jul. 1861, o penúltimo administrador reúne num só, em conformidade com a Lei de 30 jul. 1860.Sucedem a Inácio da Costa Rebelo na administração da Casa:- Martim da Costa Chaves (1644 - 1723) c.c. [s. José, PDL, 2 jul. 1682] D. Maria de Bettencourt e Sá, s.g.Capitão, genealogista, frequenta a Faculdade de Cânones na Universidade de Coimbra em 1660-1, irmão da Misericórdia em 1669 - Francisco Afonso de Chaves e Melo (1685 - 1747), sobrinho do anterior, filho de Francisco Afonso de Chaves (1649 - 1703) e de D. Maria Jácome Correia de Melo, c.c. [S. Pedro, PDL, 20 abr. 1721] D. Luzia Francisca de Arruda Leite, filha de Jerónimo Tavares Arruda e de D. Maria LeiteIrmão da Misericórdia de PDL em 1710, capitão de Ordenanças em Rosto do Cão, escrivão das Execuções da Alfândega em 1723 (vende o ofício em 1738), juiz da Alfândega, Mar e Direitos Reais, contador da Fazenda Real em Ponta Delgada, autor do livro “A Margarita Animada” publicado em 1723, administrador dos vínculos da família por sucessão ao tio paterno- Francisco Afonso de Chaves e Melo (1722 - 1781) c.c. [S. Pedro, PDL, 13 abr. 1755] D. Maria Rosa Teresa Jácome Correia, filha de Pedro Jácome Correia e de D. Maria Josefa Teresa de AndradeAdministrador dos vínculos da família, vereador em 1748, 1756 e 1768-1770 e procurador do concelho em 1776-1779- Inácio Joaquim da Costa Chaves e Melo (1760 - 1817) c.c. [S. Pedro, PDL, 8 ago. 1791] D. Antónia Joaquina Isabel Cândida de Sousa, 11ª Padroeira do Recolhimento de Santa Maria Madalena em Vila do Porto, filha do dr. Inácio Manuel de Sousa e de Antónia Josefa de JesusAdministrador dos vínculos da família, vereador no Município de PDL em 1787 - 1789- Francisco Afonso da Costa Chaves e Melo (1797 - 1863) c.c. D. Isabel Narcisa Sodré (1ª); D. Brígida Henriqueta do Canto (2ª mulher, 4 fev. 1822, filha de José Caetano Dias e Medeiros e de D. Bernarda do Canto)Administrador dos vínculos da família, 12º padroeiro do Recolhimento de Santa Maria Madalena em Vila do Porto, figura importante no movimento liberal, maçon e membro do Partido Cartista, deputado eleito pela Província Oriental dos Açores nas legislaturas de 1834 - 1836 e 1840 - 1842, e governador civil do distrito de Ponta Delgada entre 22 out. 1842 - 17 abr. 1844. Colabora assiduamente na imprensa de Ponta Delgada, funda o periódico "O Constitucional Micaelense" e é autor de diversas obras de cariz político e histórico- Leopoldo José de Chaves ou Leopoldo José da Costa Chaves e Melo (1836 - ????) c.c. [Matriz PDL, 11 abr. 1853] D. Joana Rebelo Borges, filha de José de Bettencourt Rebelo Borges da Câmara e Castro e de D. Maria Constantina Borges da Câmara de BettencourtÚltimo administrador dos vínculos desta família, negociante em Ponta Delgada, parte para a América do Sul, onde terá falecido em data desconhecida

História custodial e arquivística

Oferecido a Ernesto do Canto por D. Joana Rebelo Chaves, mulher do último administrador dos vínculos da família Costa Chaves e Melo, Leopoldo de Chaves, em 1895 e 1896

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Doação de Ernesto do Canto

Âmbito e conteúdo

Contém documentos encadernados em 4 livros, numa lógica baseada na tipologia documental:N.º 30 - TestamentosN.º 31 - TestamentosN.º 56 - EscriturasN.º 171 - Escrituras, notas, cartasAgruparam-se os restantes documentos deste arquivo em 14 maços:N.º 172 a 185 - Maços (14) com documentos ordenados cronologicamente

Sistema de organização

Após uma primeira divisão por tipologia documental, os documentos encadernados em livros estão ordenados cronologicamente, não pela data da produção mas pela data a que os acontecimentos se reportam.No que respeita aos maços, inicialmente 4 desdobrados em 14 na Biblioteca Pública, estão também ordenados cronologicamente, na mesma lógica (para exemplificar, uma certidão de um processo judicial, mesmo que produzida no século XIX, se reproduz um doc. do séc. XVI, é colocado no maço do século XVI).Depreende-se que vários processos foram desmembrados devido a esta ordenação cronológica (v. caso mç. 176, docs. n.º 11, 44 e 46; e mç. 178, n.º 29)

Unidades de descrição relacionadas

PT/BPARPD/PSS/MEC_liv. n.º 29 (há 5 documentos diretamente relacionados com a família Costa Chaves e Melo)

Notas

Bibliografia:CÂMARA, João de Arruda Botelho da - Instituições vinculares e notas genealógias. Ponta Delgada: Instituto Cultural, 1995, p. 123-127 (Dos bens que administra Inácio Joaquim de Chaves e Melo)MELO, Francisco Afonso de Chaves e - A Margarita Animada. 2ª ed. (comentada e anotada por Nuno Álvares Pereira e Hugo Moreira). Ponta Delgada: Instituto Cultural, 1994RODRIGUES, José Damião - Poder municipal e oligarquias urbanas: Ponta Delgada no século XVII. Ponta Delgada: Instituto Cultural, 1994RODRIGUES, José Damião - São Miguel no século XVIII: casa, família e mecanismos de poder. Ponta Delgada: Universidade dos Açores, 2000 (dissertação para a obtenção do grau de Doutor em História)RODRIGUES, Rodrigo - Genealogias de São Miguel e Santa Maria. Capítulos 69º, 70º, 71º. 2º vol. Lisboa: Dislivro, 2008, p. 1207 - 1220 (Da descendência de Afonso Anes de Chaves, de Afonso Anes dos Arrifes e de Pedro da Costa)

Data de publicação

22/04/2021 09:57:38