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Ernesto Hintze Ribeiro

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Ernesto Hintze Ribeiro

Detalhes do registo

Nível de descrição

Subsérie   Subsérie

Código de referência

PT/BPARPD/PSS/FAC/001-169

Tipo de título

Atribuído

Título

Ernesto Hintze Ribeiro

Datas de produção

1898-12-02  a  1906-12-16 

Dimensão e suporte

56 doc.

História administrativa/biográfica/familiar

Ernesto Rodolfo Hintze Ribeiro (Ponta Delgada, em 7 de Novembro de 1849 - Lisboa, a 1 de Agosto de 1907).Cursa Direito na Universidade de Coimbra tendo-se licenciado em 1872. Nesse mesmo ano estabelece-se como advogado em Ponta Delgada, mas em finais da década de setenta opta por ir para Lisboa. Dá então início à sua longa carreira política, durante a qual ocupa os cargos de deputado, par do Reino, ministro, presidente do Conselho de Ministros e conselheiro de Estado. É sempre militante do Partido Regenerador. Embora desde meados da década de oitenta seja líder de facto é só em Março de 1900 que, após a morte de António Serpa Pimentel, é consagrado como chefe supremo do partido Regenerador.É eleito pela primeira vez deputado em 1878 pelo círculo da Ribeira Grande (S. Miguel, Açores), e novamente em 1879, 1881 e 1882. Em 1884 apresenta-se à eleição pelo círculo plurinominal do Porto sendo o terceiro nome mais votado.Por carta régia de 1 de Janeiro de 1886 é nomeado par do Reino e a 19 de Dezembro de 1891 ingressa no Conselho de Estado.A carreira de Hintze Ribeiro como governante inicia-se em 1881, sob presidência de António Rodrigues Sampaio, ocupando a pasta das Obras Públicas, Comércio e Indústria e interinamente a de Negócios Estrangeiros (25 de Março de 1881 a 14 de Novembro de 1881). Nos governos de Fontes Pereira de Melo é novamente titular das Obras Públicas Comércio e Indústria (24 de Novembro de 1881 a 24 de Outubro de 1883) e da Fazenda (24 de Outubro de 1883 a 20 de Fevereiro de 1886). Regressa ao poder como Ministro dos Negócios Estrangeiros (14 de Janeiro de 1890 a 13 de Outubro de 1890) no executivo chefiado por António de Serpa Pimentel.Foi quatro vezes presidente do Conselho de Ministros (22 de Fevereiro de 1893 a 7 de Fevereiro de 1897; 26 de Junho de 1900 a 28 de Fevereiro de 1903; 28 de Fevereiro de 1903 a 20 de Outubro de 1904 e 20 de Março a 19 de Maio de 1906). Acumula por diversas vezes o exercício de pastas ministeriais, nomeadamente a da Fazenda (1893 a 1897), dos Negócios Estrangeiros (1893) e do Reino (1900 a 1904 e 1906).Desde meados da década de 1890, sempre que não exerce cargos governativos, desempenha altas funções no Supremo Tribunal Administrativo e na Companhia Geral do Crédito Predial Português.É membro da Academia Real das Ciências, sócio honorário de várias Associações, como seja das Associações Comerciais de Lisboa e do Porto e condecorado por diversas vezes, salientando-se as grã-cruzes da Ordem da Torre e Espada, da Ordem dos Serafins da Suécia, da Legião de Honra da França e a alta distinção honorífica do Tosão de Oiro, concedida pelo rei de Espanha Afonso XIII, quando da sua visita a Portugal em 1903.Participa em várias comissões parlamentares tanto como deputado como, sobretudo, par do Reino e em comissões encarregadas de dar parecer.Como governante Hintze Ribeiro travou duras batalhas tanto no plano interno como externo. Destaque-se as propostas para a construção e exploração de várias linhas-férreas, o lançamento da linha telegráfica submarina, reforma dos serviços aduaneiros e da pauta das alfândegas. Embora privilegie os assuntos de política nacional é de salientar alguma atenção aos interesses das ilhas açorianas, pronunciando-se sobre a reforma da «circulação monetária» e reclamando providências para os problemas económicos e sociais da região, sendo de salientar a autonomia administrativa concedida pelo decreto de 2 de Março de 1885.Nas relações externas cabe-lhe a responsabilidade das negociações com a Inglaterra subsequentes ao Ultimatum, em 1890, e dois anos depois, em 1892, dar resposta à grave crise financeira e à declaração de bancarrota. As negociações com os comités de credores ingleses, alemães, franceses e holandeses, portadores de títulos de dívida externa portuguesa, constituídos em Abril de 1892, só terminam com a assinatura do convénio, num governo presidido por Hintze Ribeiro, em 1902.

Âmbito e conteúdo

Assunto relativo a aprovação política, sobre direção de serviço de meteorologia, viagem a Moçambique e cabo telegráfico. Notícia sobre irmão de Francisco Afonso Chaves. Inclui correspondência de Joana Hintze Ribeiro.

Cota atual

3106 - 3161

Notas

Inclui comprovativos de envio de correspondência.

Data de publicação

02/08/2021 10:05:46