José Agostinho

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José Agostinho

Detalhes do registo

Nível de descrição

Fundo   Fundo

Código de referência

PT/BPARLSR/PSS/JA

Tipo de título

Atribuído

Título

José Agostinho

Datas de produção

1843  a  1981 

Dimensão e suporte

2831 documentos; 1 maço; 56 capas; 47 capilhas; 6 envelopes; 9 cadernos; 26 blocos; 1 álbum.

Entidade detentora

Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro

Produtor

José Agostinho

História administrativa/biográfica/familiar

José Agostinho nasceu a 1 de Março de 1888, em Angra do Heroísmo, e faleceu a 17 de Agosto de 1978. Oficial do Exército, deu o seu contributo à Artilharia Portuguesa, integrado no Corpo ExpedicionárioPortuguês, na I Grande Guerra, tendo sido condecorado com o grau de Cavaleiro da torre e Espada e com a medalha de bons serviços. Segundo o seu trabalho Observatório Magnético de S. Miguel (nº 51 de 1.2.2.1. deste inventário), em Maio de 1919 começou a prestar serviço como observador e chefe do Observatório Meteorológico de Ponta Delgada, bem como a desempenhar as funções de chefe do Observatório Magnético de S. Miguel. A 24 de Julho de 1926, morre Francisco Afonso Chaves, ponto de referência de J. A., ao longo da vida, e, por Decreto de 20 de Agosto, o major José Agostinho é nomeado diretor do Serviço Meteorológico dos Açores. Cumulativamente, «desempenhou as funções de chefe do serviço meteorológico da Base Aérea nº 4 desde o seu estabelecimento nas Lajes até Dezembro de1946» (1). Neste ano, o Serviço Meteorológico dos Açores muda de designação, com a sua integração no Serviço Meteorológico Nacional, entretanto criado, tornando-se J. A. Chefe do Serviço Meteorológico Regional dos Açores. A 29 de Março de 1958, J. A. Abandonou, oficialmente, o exercício das suasatividades profissionais, por ter atingido o limite de idade. Na vida pública, esteve muito ligado à Junta Geral, na qualidade de presidente, procurador e presidente das diversas comissões. Foi professor provisório do Liceu de Angra do Heroísmo. Poliglota, em contacto com alguns dos maiores cientistas nacionais e estrangeiros do seu tempo,manifesta, nos seus apontamentos, rascunhos e trabalhos, interesse pelas mais variadas áreas dosaber: aerologia, magnetismo, climatologia, sismologia, vulcanologia, tectónica, ornitologia, botânica, linguística, literatura, arte, biografia, história local, proteção da natureza, geografia, cartografia, aviação, etc. Inventou um nefoscópio de reflexão (ou nefoscópio José Agostinho) e introduziu aperfeiçoamentos em alguns instrumentos de precisão. Colaborou na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e na Enciclopædia Britannica, nomeadamente com o artigo Azores; em diversos jornais do arquipélago e em revistas nacionais e estrangeiras; com o Rádio Clube de Angra, de cuja Assembleia Geral foi presidente, proferindo uma série de palestras, acessíveis ao grande público, em que assumiu o papel de divulgador da ciência; com organismoscientíficos nacionais e internacionais, com a sociedade «Os Montanheiros» (Ilha Terceira), que ajudou a fundar; com quantos o procuravam, portugueses ou estrangeiros, gente humilde ou cientistas reconhecidos. Por carta ou pessoalmente, a todos atendia, chegando mesmo a servir de intermediário/intérprete. Alguns trabalhos em língua francesa, inglesa e alemã foram por ele traduzidos. Uma boa parte da atividade intelectual de J. A. Esteve ligada à Sociedade Afonso Chaves (diretor da revista Açoreana desde o seu primeiro fascículo) e ao Instituto Histórico da Ilha Terceira (secretário e presidente). Por serviços prestados às forças britânicas na Terceira, no decurso da Segunda Guerra Mundial, recebeu o grau de oficial da ordem do império Britânico: em 1965, o Município angrense concedeu-lhe a Medalha de Ouro com colar e, a 24 de Agosto de 1977, foi-lhe conferido o Grande Oficialato da ordem de Santiago da Espada. Referências mais detalhadas sobre a vida e a obra de José Agostinho podem ser obtidas em: − AFONSO, João - Bibliografia Geral dos Açores. Angra do Heroísmo, Secretaria Regional da Educação e Cultura, 1985, tomo 1. p. 75-102. − AGOSTINHO (José), in: «Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira». Lisboa, Rio de Janeiro, Editorial Enciclopédia, [19. .?], Vol. 1, p. 573-574; Vol. 37, p. 694; Atualização, Vol. 1, p. 135. − AZEVEDO, Manuel Soares de - Dados Bibliográficos do Tenente Coronel José Agostinho. «Açoreana: revista de estudos açoreanos», vol. 6 (2) [1981?], p. 105-126. − BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO DE ANGRA DO HEROÍSMO - Catálogo da exposição comemorativa do centenário de Luís da Silva Ribeiro e do 40º aniversário do Instituto: com os índices do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira nºs 1-39. Angra do Heroísmo. Instituto Histórico da Ilha Terceira. 1982. − DIÁRIO INSULAR, Angra do Heroísmo, ano 13 (3 573) 1 Mar. 1958. − MACHADO, Frederico - Trabalhos de investigação científica do Ten.Coronel José Agostinho. «Diário Insular». Angra do Heroísmo. 13 (3 573) 1 Mar. 1958. − A UNIÃO. Angra do Heroísmo, ano 65 (16 688) 1 Mar. 1958.

História custodial e arquivística

Segundo o testemunho de funcionários que trabalhavam nesta Biblioteca e Arquivo, na altura, o espólio deu entrada em péssimas condições de limpeza e sem qualquer sinal de organização. Carlos Silos, Encadernador Principal, procedeu a uma primeira limpeza e separação. Posteriormente foram acondicionados em caixotes. Em 1988, abriram-se os caixotes. Os documentos encontravam-se desordenados e misturados. Começou-se, então, a tentar ordenar a documentação, ao mesmo tempo que se retiravam «clips» e grampos que, entretanto, tinham enferrujado. De quando em quando, encontrava-se um conjunto documental mais ou menos organizado e com a descrição do conteúdo na capa. Só depois de vista toda a documentação, se começou a vislumbrar um possível plano de classificação que, depois de trabalhado, e tendo em conta os indícios de organização existentes no espólio, resultou no «Quadro de Classificação» que antecede o inventário deste fundo e que serve de base à sua consulta. É de realçar o empenho com que intervieram, em algumas etapas do tratamento da documentação, Albertina Lorena Martins e Zélia Maria Santos Dias, Técnicas Auxiliares de BAD desta Instituição.

Âmbito e conteúdo

Documentação relativa à atividade de José Agostinho, nomeadamente: documentos individuais- documentos pessoais, documentos de função pública e privada; e coleções- monografias, publicações em série e material cartográfico.

Sistema de organização

Manteve-se o mesmo plano de classificação. De salientar, que devido à orgânica do software, alguns pontos das cotas antigas foram substituídos pelo traço. Os documentos pessoais estão ordenados cronologicamente e compreendem, entre outros: documentos, com data anterior à do nascimento de J. A., pertencentes a familiares e a pessoas que não consegui identificar, diplomas, certificados de estudo, documentos de carácter honorífico, agendas, relatos e notas de viagens, correspondência, contas domésticas, faturas e recibos, cadernos escolares, documentos relacionados com partilhas de terras. A documentação de função pública está classificada por matérias e, dentro destas, por ordem cronológica. Quanto aos documentos de função privada, a série 1.2.2.1. está ordenada alfabeticamente e compreende trabalhos, rascunhos ou cópias de trabalho, completos ou incompletos, manuscritos ou dactilografados, e documentação que lhes serviu de base (notas,apontamentos, correspondência, desenhos, fotografias, mapas, etc.). Os trabalhos intitulados por J. A aparecem em itálico. A série 1.2.2.2., sob a designação de «Apontamentos», inclui, para além de apontamentos sobre os mais variados assuntos, listagens, notas, fotografias, esboços, desenhos, gravuras, mapas, plantas, gráficos, diagramas, recortes, questionários, sementes, plantas secas e correspondência. Está classificada por assuntos e, dentro destes, por ordem alfabética. Estão entre aspas títulos atribuídos por J. A. a alguns conjuntos documentais. Cuidado especial foi dado à correspondência, que, frequentemente, é parte integrante de assuntos estudados por J. A., pelo que se deixou junto aos documentos a que se refere. Quanto à série de correspondência propriamente dita (1.2.2.3.), em quantidade apreciável, J. A. tinha-a ou misturada ou agrupada por datas ou por correspondentes (normalmente, pessoas com as quais se correspondia com maior regularidade ou com quem tratava de assuntos específicos). Assim, optou-se por formar três subséries: a primeira, ordenada cronologicamente; a segunda, por ordem alfabética dos apelidos dos correspondentes e, dentro deles, cronologicamente; a terceira (correspondência semi oficial), com ordenação cronológica e, dentro desta, por correspondentes. As cartas sem data colocaram-se no fim das subséries a que dizem respeito; as que têm assinaturas ilegíveis encontram-se no final da correspondência que está por ordem cronológica, depois da que não está datada. É de notar que J. A., normalmente, conservava rascunhos ou cópias das cartas que escrevia, estando estes, sempre que possível, junto das respostas dos correspondentes. Que tenhamos conhecimento, existe outra documentação de J. A. no Museu de Angra do Heroísmo (21 pastas, 1951-1973), local onde esteve sediado o Instituto Histórico da Ilha Terceira, e no Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica. Bibliografia de Apoio: − ASSOCIATION DES ARCHIVISTES FRANÇAIS - Manuel d’Archivistique: théorie et pratique des Archives publiques en France. Paris, S.E.V.P.E.N., 1970, p.403-431. − PEIXOTO, Pedro Abreu - Arquivos de Família: orientações para a organização e descrição dos fundos dos Arquivos de Família (versão provisória). Lisboa, Instituto Português de Arquivos , 1990. (Estudos e documentos técnicos; 5).

Condições de acesso

Livre acesso, à exceção dos documentos confidenciais.

Condições de reprodução

Livre reprodução, à exceção dos documentos confidenciais.

Idioma e escrita

Português; Alemão; Russo; Espanhol; Inglês; Francês.

Características físicas e requisitos técnicos

Os documentos encontram-se em bom estado de conservação.

Instrumentos de pesquisa

Archeevo, Arquivos dos Açores, inventário em papel na sala de atendimento.

Existência e localização de originais

Depósito 16, bloco 8 superior, estante 1, prateleira 1-4.

Notas

Inventário publicado em 1988, no Vol. 45 do Boletim do Instituto Histórico da Ilha Terceira.Em janeiro de 2019 foram introduzidos mais documentos (1197 documentos, 1 capa, 12 cadernos, 9 blocos, 13 monografias), que se encontravam em caixotes, nomeadamente: Correspondência, documentos pessoais, apontamentos sobre diversos assuntos (meteorologia, sismicidade, fauna, aves, peixes, etc.), alguns trabalhos de José Agostinho, jornais, recortes de jornais.Organização e Plano de Classificação elaborado, em 1988, por Vanda Belém; Organização e relação de mapas elaborado por Fátima Borba e Raquel Sousa; Reorganização, introdução de mais documentação e introdução no software Archeevo, em janeiro 2019, por Fátima Simão.

Publicador

js195912

Data de publicação

28/07/2023 15:04:55