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Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Unidade de instalação   Unidade de instalação

Código de referência

PT/BPARJJG/ACD/GCHRT/1832/04

Tipo de título

Atribuído

Título

Caixa 4

Datas de produção

1832  a  1832 

Dimensão e suporte

1 caixa, papel.

Âmbito e conteúdo

Escritura pela qual os presos Manuel da Rosa Machado e Francisco Silveira Caroiço, condenados ao degredo na ilha das Flores, referem que receberam a quantia correspondente às rações e aos mantimentos para a viagem.Duas procurações passadas pelos presos de Estado a Pedro José Peixoto para o recebimento das quantias a que eles tiveram direito.Três recibos relativos à venda de chumbo à subprefeitura da Horta.Dois certificados do secretário da câmara municipal das Lajes das Flores, Francisco José de Freitas Henriques da Costa, acerca da liquidação dos trigos.Vários recibos do guardião frei Felisberto da Visitação referentes ao convento de São Francisco.Passaporte da subprefeitura da Horta concedido ao brigue escuna Unido, propriedade de Teófilo José Dias, para a realização de uma viagem até à cidade do Porto com escala em Plymouth [em mau estado de conservação].Os documentos da despesa realizada com a aparelhagem de um brigue escuna com vista ao transporte de vários presos até à ilha das Flores.Processo referente às despesas efetuadas com o brigue escuna Unido, encarregado que foi do transporte de presos até às ilhas de Flores e Corvo, ou dito de outra forma: a contabilidade da portaria número 131.Relação dos víveres que foram fornecidos à tripulação do Unido.Conta dos trabalhos efetuados na Ribeira em diversos navios empregados no real serviço: brigues escunas Unido, Dois Irmãos, Audaz, São João Baptista.Os documentos relativos ao fornecimento de géneros ao patacho Audaz, capitão Jacinto Pereira Borges.Os documentos referentes ao abastecimento do patacho Vitória, ao pagamento do soldo da sua tripulação e ao conserto deste navio.Folha dos operários que trabalharam na reparação da corveta de guerra Portuense.Reclamação do pagamento do frete efetuado pelo mestre do barco São Salvador, Francisco Correia, de transporte de tropa e de géneros da ilha do Faial até à cidade de Angra.Diploma da atribuição do lugar de professor de primeiras letras da vila de Santa Cruz das Flores a João Lourenço de Andrade.Cópia de um diploma do ministério do Reino referente às competências das câmaras municipais.A cópia de um ofício do chefe interino da legião de voluntários da Horta, Joaquim Pereira Marinho, acerca da necessidade do aquartelamento de um corpo de duzentos voluntários e as respostas dadas a esta questão.Correspondência expedida pela subprefeitura da Horta ao chefe interino da legião de voluntários da Horta, Joaquim Pereira Marinho.A correspondência expedida pela legião de voluntários da Horta.Relações das praças de voluntários que foram destacadas para vários serviços: a condução de presos até à ilha do Corvo, a guarda de um brigue surto na baía da Horta e a condução de recrutas até à ilha Terceira.Um ofício do comando geral dos voluntários dando conhecimento do extravio de pólvora encartuchada em vários quartéis.Cópia de um ofício da secretaria dos negócios do Reino de esclarecimento da moldura penal aplicável aos voluntários.Recibos relativos ao pagamento dos vencimentos das praças de voluntários.Passaporte relativo à viagem do brigue escuna Unido com destino à ilha do Corvo levando os quarenta e um soldados que foram removidos para aquela ilha.Requerimento de Manuel Machado Hasse e de outros solicitando o levantamento do sequestro dos seus bens.Cópia de um ofício do provedor do concelho da Horta, António José de Ávila, acerca do recrutamento militar.Cópia de um ofício do juiz de Direito da comarca de São Miguel propondo o envio de alguns miguelistas daquela ilha para a do Faial.Cópia da guia pela qual o juiz de Direito da comarca de São Miguel procede à identificação dos indivíduos sujeitos à remoção para a ilha do Faial.Guia referente aos vários deportados originários da ilha de São Miguel.Guia dos deportados: Mateus António de Bettencourt, Francisco Inácio, José Maria Lázaro, Manuel Inácio Pamplona e Caetano José Correia Palhinha.Uma guia contendo a identificação de vários deportados.Cópia de dois documentos referentes à suspensão da atividade dos vice-cônsules.Cópia do inventário do armamento, mobília e utensílios do quartel de São João Baptista.Documentos referentes ao pagamento das rações de Diogo Moir e de Roberto Barnett.Cópia de um ofício do comandante da primeira companhia dos voluntários da ilha das Flores, tenente António Teodoro Mesquita Henriques, relatando uma série de atribulações sucedidas entre ele e o governador militar da ilha.Vários documentos de despesas diversas.E, finalmente, a cópia de uma carta de Luís Mouzinho de Albuquerque dirigida ao prefeito da província dos Açores, Francisco Saraiva da Costa Refoios, relatando os progressos do exército libertador da seguinte forma: -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Ministério do Reino = Primeira via = Ilustríssimo e Excelentíssimo Senhor = Elevei a Presença de Sua Majestade Imperial o Senhor Duque de Bragança, Regente em nome da Rainha, o ofício de Vossa Excelência datado de oito do corrente mês, em que participa o júbilo que lhe causaram, e aos fiéis habitantes dessa província, as notícias das primeiras operações do Exército Libertador. Dos impressos que tenho enviado, e em continuação remeto agora, verá Vossa Excelência que a face dos negócios públicos tem melhorado sensivelmente. São lentos os progressos da restauração da Pátria, porque eram muitos os interesses que mediavam nas calamidades dela, e sustentavam os inveterados abusos; mas a voz do público, e verdadeiro interesse, vai-se fazendo ouvir mais e mais alto, à proporção que as benéficas determinações de Sua Majestade vão sendo conhecidas dos povos. Nas imediações de Coimbra, e em outros pontos da Beira já espontaneamente se têm levantado em massa os habitantes; nesta província sobem a muitos mil os cidadãos voluntariamente alistados, e já adestrados no exercício das armas. Sua Majestade tem determinado estabelecer por agora nesta cidade a sede do seu governo, e posso assegurar a Vossa Excelência que de tal modo está fortificada a cidade, debaixo das imediatas vistas do Augusto Príncipe que é a nossa glória e defesa, e tal é o espírito que anima, assim os seus habitantes, como o bravo Exército Libertador, hoje aumentado por muitos novos corpos de voluntários, e por muitos novos soldados alistados nos antigos corpos do exército, que rivalizam em disciplina e devoção pela Santa Causa que defendemos, que ainda que as forças inimigas não fossem como vão extenuando-se progressivamente, ainda assim não seria possível desalojar-nos deste forte, e importante ponto, donde é dominada boa parte do reino, e por seu porto os mares todos dele. Dos mesmos impressos verá Vossa Excelência como a esquadra inimiga forte de oito velas se retirou vergonhosamente diante da nossa com perda considerável, e grandes avarias, indo esconder no Tejo a sua vergonha e o seu medo. Ali se acha de novo bloqueada por nossas forças navais, que aumentaram de oito navios de guerra, um deles tomado ao inimigo com preciosa carga das Índias, de onde vinha como nau de viagem. Dominando assim a barra de Lisboa veremos crescer todos os dias a emigração daquela cidade para esta, que já tinha começado com afluência considerável, e aumentando em dobro a nossa força com diminuição da inimiga. Nossos felizes sucessos no mar tiveram de mais a vantagem de descoroçoar os inimigos de terra, em que é visível o desalento, e trepidação, e apenas se vingam covardemente em redobrar de crueldade, e vexações para com os povos que geralmente os detestam, e que pouco a pouco se vão desenganando, e resolvendo a insurgir-se, e defender, como sua que é, a causa da Rainha e da Carta. Não temos pois senão a lamentar a demora na terminação da contenda, e os padecimentos que daí recrescem para um país já tão martirizado por quatro anos de desgraças, mas tanto mais brilhante e decisivo será o triunfo, e tanto mais sólidos e firmes serão seus resultados. De tudo isto conhecerá Vossa Excelência quão sossegados devem estar os fiéis habitantes dessa província que por sua feliz localidade estará em perfeito abrigo dos insultos das forças rebeldes. Não há um só porto ocupado ainda pela usurpação donde impunemente se possa escapar uma só vela que vá, não digo atacar a mais insignificante ilha dos Açores, mas nem sequer perturbar com sua aparição nesses mares o ditoso sossego de que estão gozando seus honrados habitantes. Nem por isso contudo Vossa Excelência deixará de estar vigilante de excitar, e ajudar a vigilância de todas as autoridades da província para que se mantenha aquele sossego, e esteja em contínua guarda contra quaisquer inimigos internos e externos. = Deus guarde a Vossa Excelência Paço no Porto vinte e quatro de agosto de mil oitocentos e trinta e dois. = Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque = Senhor Francisco Saraiva da Costa Refoios = Está conforme. Secretaria Geral da Prefeitura em Angra catorze de setembro de mil oitocentos e trinta e dois. = Francisco de Lemos Alvares = Oficial maior. = Está conforme. Secretaria da Subprefeitura da comarca da Horta de quatro de outubro de mil oitocentos e trinta e dois. = João Maria Ferreira. = Está conforme. Horta 7 de outubro de 1832. Terra Brum.

Condições de acesso

Comunicável.

Cota atual

C0.

Idioma e escrita

Português.

Tipo u.i.

Data de publicação

21/06/2019 16:20:47