Sem título
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Documento simples
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/TB/101/052
Tipo de título
Formal
Título
Sem título
Datas de produção
1878-05-08
Dimensão e suporte
33x23 cm
Produtor
Francisco Ferraz de Macedo
Destinatário
Teófilo Braga
Localidade
Rio de Janeiro, Brasil
Âmbito e conteúdo
"Carta de Francisco Ferraz Macedo para Teófilo Braga desejando saúde e ventura a Teófilo Braga e à sua família, queixando-se do atraso das cartas de Teófilo Braga, indagando o motivo das cartas tardias, se for pelo retrato que lhe ofereceu, que o destrua, apresentando uma segunda queixa pela forma como colocou à disposição os 500 exemplares do ""Cancioneiro da Vaticana"", por não cuidar de distribuí-los criteriosamente pelas melhores bibliotecas e guardar os restantes consigo, bem como por não assegurar os custos que Francisco de Macedo tinha recomendado para cada volume, pois considera que a compensação de Teófilo Braga é o estudo e o respeito ao mérito, ao passo que o seu investimento monetário seria reembolsado pela raridade da obra, deixando à escolha do escritor se o livro é divulgado de forma maciça ou se o vende a alto preço só para os entendidos, afirmando a sua amizade para com Teófilo Braga independentemente da escolha. Falando sobre a adopção da gramática de Teófilo Braga no Colégio D. Pedro II, referindo a dificuldade que a obra terá no mercado devido às críticas que tem recebido a sua adopção por um professor do dito colégio. Agradecendo a concessão que lhe deu da propriedade da obra ""História Universal"" no Brasil, elogiando a fluência da escrita, referindo as características que devem estar presentes numa obra sobre História de modo a cativar o leitor, elogiando igualmente os escritos de filosofia positiva e informando que remete um jornal semanário para que Teófilo Braga avalie como um certo núcleo o julga. Aplaudindo o prólogo que do escritor para o ""Cancioneiro"", sobretudo pela crítica ao rei e à Academia das Ciências. Agradecendo conselhos de Teófilo Braga e sossegando-o em relação à sua preparação para o futuro. Afirmando que tem tido divergências com algumas pessoas por causa de Teófilo Braga, mas alegra-se por também ter descoberto pessoas que o apreciam e que gosta de falar dele para o recordar e o dar a cnhecer aos outros, constituindo também um meio de retribuir a estima que lhe tem e a amizade que o escritor lhe dedica. Descrevendo formas de resposta que tem para com os críticos de Teófilo Braga, reproduzindo uns versos com que respondeu a um padre que criticava os princípios positivistas do escritor, e noutra ocasião em que falava o padre sobre religião. Relatando novo caso em que o mérito de Teófilo Braga foi posto em causa por Augusto de Carvalho, aconselhando ao escritor para que se reserve o mais que possa devido às más línguas que o atacam. Revelando que também encontra pessoas que apreciam a obra de Teófilo Braga, classificando-os como verdadeiros amigos, discorrendo sobre o valor dos amigos. Falando sobre a forma como os brasileiros gostam de se elevarem ao divulgarem que privaram com escritores portugueses, referindo como é feita a avaliação dos autores portugueses no Brasil, citando casos concretos e do que é dito sobre alguns escritores portugueses. Desabafando que queria falar sobre muitos assuntos, ao passo que Teófilo Braga não lhe fala sobre nada, dizendo que a as áreas do comércio, da indústria, da navegação e da arte estão mal, somente a ciência consegue evoluir debilmente. Criticando os abusos cometidos na política, relatando o caso da ordem do Ministro da Fazenda, Silveira Martins, que ordenou a demissão de todos os estrangeiros a trabalhar na alfândega para admitir somente brasileiros, retirando conclusões sobre o Partido Republicano no Brasil e a política em geral, bem como sobre o tratamento para com os estrangeiros. Referindo o estado da Medicina no Brasil. Dando notícias sobre a sua família, descrevendo a sua filha, elogiando a sua docilidade e os momentos que lhe dedica. Mandando cumprimentos à filha de Teófilo Braga, Maria da Graça, falando da educação dela, perguntando pelo filho Teófilo, já que o pai nunca lhe manda notícias, afirmando que será um grande homem. Revelando a preocupação pela falência de José Maria Belo, seu procurador, incumbido de assuntos financeiros de Francisco de Macedo, receando perder o seu dinheiro. Dizendo que envia uma procuração a Teófilo Braga para que se encarregue desses assuntos e dando instrucções para o uso da procuração, desabafando que não se pode confiar em ninguém, pedindo que encontre uma pessoa confiável para o ajudar a tratar do recebimento das letras. Desculpando-se pelo incómodo que está a causar com o envio da procuração, propondo que Teófilo Braga se sinta à vontade para exigir uma remuneração. Informando-o dos jornais que lhe envia por se referirem a Teófilo Braga e obras suas. Despedindo-se, desculpando-se pelo estilo da carta, desejando saúde à família de Teófilo Braga, aguradando notícias da sua parte. Referindo em ""Post scriptum"" que é o aniversário da filha e apresentando o portador da carta, Alfredo Abreu, que leva também a procuração e os jornais."
Cota atual
APTP/Cx101/052
Idioma e escrita
Português
Características físicas e requisitos técnicos
Mau
Data de publicação
27/12/2012 14:55:19