Terramoto de 1926
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/BPARJJG/ARH/0007
Tipo de título
Atribuído
Título
Terramoto de 1926
Datas de produção
1926
a
1926
Dimensão e suporte
1 envelope.
História administrativa/biográfica/familiar
Sismo de 1926-08-31: nove mortos e cerca de duas centenas de feridos. Destruição de mais de 2/3 dos prédios da cidade da Horta. Número de casas derrubadas no todo ou em parte: 4138. Freguesias mais atingidas pelo terramoto: Matriz, Conceição, Angústias, Feteira, Castelo Branco, Praia do Almoxarife, Pedro Miguel, Ribeirinha e Salão (fonte: Fernando Faria Ribeiro, Em dias passados: figuras, instituições e acontecimentos da história faialense, edição do Núcleo Cultural da Horta, 2007, página 203).-------------------------------------------------------Ao longo do século XX, a ilha do Faial foi atingida por grandes sismos, evidenciando a sua elevada vulnerabilidade sísmica. A partir de abril de 1926 a ilha foi sacudida por uma série de sismos de intensidade variável, um dos quais, a 5 daquele mês, provocou danos em edifícios nas freguesias dos Flamengos, Ribeirinha e Conceição, particularmente nos lugares do Farrobo, da Lomba e dos Espalhafatos.A 31 de agosto daquele ano, pelas 8h40 (hora local), a ilha foi sacudida por um violento sismo com epicentro no canal Faial - Pico, nas coordenadas geográficas 38,5º N 28,6º W, a uma profundidade epicentral de 1,6-4,8 km e com uma intensidade estimada de Mb=5,3-5,9. O sismo atingiu o grau X da Escala de Mercalli na zona norte da cidade da Horta (freguesia da Conceição) e provocou 9 vítimas mortais, mais de 200 feridos e destruição generalizada do património edificado na cidade da Horta.A maior devastação ocorreu nas freguesias urbanas da Matriz e da Conceição e nas freguesias rurais de Praia do Almoxarife (onde de 220 casas apenas 16 ficaram habitáveis), Flamengos, Feteira e Castelo Branco, e na zona compreendida entre a Lomba do Pilar e o Salão. Ao todo sofreram ruína, total ou parcial, 4.138 casas. O Estado português interveio com a reconstrução de prédios arruinados, alguns dos quais edifícios públicos, assim como na compra e construção de barracas de madeira para abrigo dos sinistrados.Para ler mais...AGOSTINHO, José. (1927). “O terramoto de 31 de Agosto nas ilhas dos Açores”. In Labor. Aveiro, José Tavares. pp. 229-235.GARCIA. José Manuel Medina (2016). 1926 Histórias de um Terramoto. Horta, O Telégrapho.LIMA, G. (1934). Breviário Açoriano. Angra do Heroísmo, Tip. Editora Andrade.LIMA, Marcelino (2005). Anais do Município da Horta: ilha do Faial (ed. fac-simil. da de 1940). Horta, Câmara Municipal da Horta.NUNES, João C. (2004). “SÍSMICA 2004/6th National Congress on Sismology and Seismic Engineering”. In Catálogo Sísmico dos Açores. Braga, Universidade do Minho.NUNES, João Carlos (2008). “Sismos nos Açores”. In Actas do colóquio comemorativo dos 200 anos do nascimento de José Silvestre Ribeiro. Angra do Heroísmo, Instituto Açoriano de Cultura. pp. 35-47.RODRIGUES, Ruben (2013). Fayal - século XX - Crises sísmicas - 1926 (vol. I). Horta, Gráfica "O Telégrapho". SALGUEIRO, Mário (1926). “Faial ilha mártir”. In Ilustração. Lisboa, Aillaud. pp. 22-23.
Âmbito e conteúdo
Reproduções fotográficas dos prejuízos causados nas casas e nas ruas da cidade da Horta e em algumas freguesias rurais da ilha do Faial pelo sismo de 1926. Foi feita uma colagem das imagens sobre várias bases de cartão com a identificação do copyright de M. Goulart, New Bedford, 1897. São, em rigor, cartões estereoscópicos. Neste conjunto existe uma imagem fora do contexto da catástrofe: a igreja paroquial de Calheta do Nesquim da ilha do Pico.
Condições de acesso
Comunicável.
Cota atual
C3.
Idioma e escrita
Português e inglês.
Características físicas e requisitos técnicos
Estado de conservação: regular.
Data de publicação
23/11/2015 10:01:17