José Honorato Gago de Medeiros (Visconde do Botelho)
Nível de descrição
Subsérie
Código de referência
PT/BPARPD/FAM/TC/JBTC / GFTC/001-209
Tipo de título
Atribuído
Título
José Honorato Gago de Medeiros (Visconde do Botelho)
Datas de produção
1930-11-07
a
1947-04-07
Dimensão e suporte
10 doc.
História administrativa/biográfica/familiar
Nasce em Ponta Delgada a 19 maio 1906 e morre em Lisboa a 8 maio 1979.José Honorato Gago da Câmara de Medeiros era, por sua mãe, bisneto do 2.º visconde de Botelho, José Bento Botelho de Gusmão, e foi autorizado por D. Manuel II, a 10 de Junho de 1932, a usar o título de 3.º visconde de Botelho, tendo alvará do Conselho de Nobreza a 10 de Julho de 1948.Foi engenheiro civil pela Universidade de Gand (1926) e pela École Supérieur de l’Electricité de Paris (1928) e, regressado a Portugal, ocupou inúmeros cargos na área da marinha mercante, principalmente como engenheiro chefe do Estaleiro Naval do Porto de Lisboa (1929-1936) e como administrador da Companhia da Navegação Carregadores Açorianos (1943 a 1972) quando esta se fundiu com a Empresa Insulana de Navegação. Foi responsável pela construção de vários navios e barcos, e colaborou em instituições internacionais da sua especialidade, como o Instituto Português de Conservas de Peixe, onde foi director adjunto (1937-1939), secretário-geral da SACOR (1939-1942) e vogal da Junta Nacional da Marinha Mercante (1951-1957). Foi ainda consultor de armadores nacionais ou de estaleiros estrangeiros em grande parte das encomendas de navios de carga e paquetes da renovação da marinha mercante (1945-1955). Em 1936, foi nomeado procurador à Câmara Corporativa, como representante das empresas de navegação, cargo que exerceu na 2.ª e 3.ª sessão da I legislatura (1936-1938), na VII legislatura (2.ª sessão – 1958-1959), e em toda a X legislatura (1969-1973).O governo português encarregou-o de várias missões internacionais e diplomáticas, sendo as principais na NATO e no Direito Marítimo Internacional. Tinha uma vocação especial para a diplomacia e, por mais de uma vez, esteve próximo de ser nomeado embaixador no Brasil e na Santa Sé. Representou o Vaticano, na sua condição de Camareiro Secreto de Capa e Espada da Santa Sé, em reuniões internacionais.Foi escritor, deixando uma vasta bibliografia de mais de 30 volumes, principalmente em três áreas distintas de interesses. A primeira na sua especialidade profissional, que é a mais extensa, com trabalhos sobre construção naval e marinha mercante. A segunda de reflexão política sobre o atlantismo, que o acompanhou ao longo da vida e onde os Açores ocupavam um lugar de destaque. Uma terceira que poderemos classificar de histórica, onde realçam os estudos genealógicos, principalmente da busca apaixonada das raízes e das glórias familiares, alguns estudos de história nacional e um interessantíssimo livro de memórias, "Um açoriano no Mundo".Foi jornalista tendo sido director do "Jornal do Comércio das Colónias" (1933), e colaborador de "A Voz", "Diário de Notícias", "Jornal da Marinha Mercante" e de muitos boletins de várias associações.Foi condecorado com a grã cruz da Ordem de Cruzeiro do Sul (Brasil), do Mérito Naval (Espanha), do Santo Sepulcro (Vaticano) e de Ruben Dario (Nicarágua), grande oficial da Ordem do Infante D. Henrique, comendador da Ordem de Cristo, do Mérito Industrial e do Mérito Naval (Brasil). Era cavaleiro da Legião de Honra (França) e foi distinguido com a medalha da OTAN pelos serviços prestados à Aliança Atlântica.http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=8162
Âmbito e conteúdo
Assuntos literários sobre artigos para "Correio dos Açores", livros. Assuntos políticos sobre questão da autonomia administrativa.Inclui rascunho de José Bruno, dirigido a José Gago, em que refere a questão da autonomia (9897).
Cota atual
5581 - 5589; 9897
Existência e localização de cópias
Série digitalizada ao abrigo do protocolo estabelecido com CHDA.
Data de publicação
04/03/2021 14:42:02