Livro de autos de visitas extraordinárias
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/BPARJJG/ACD/ESHRT/003/0001
Tipo de título
Atribuído
Título
Livro de autos de visitas extraordinárias
Datas de produção
1853-11-13
a
1860-03-20
Dimensão e suporte
1 liv. (150 fl., man. num., 316 x 221 x 27mm), papel.
Âmbito e conteúdo
“Livro d’autos de visita sanitária em que se derem circunstâncias especiais.”Numerado e rubricado pelo Guarda Mor, António Maria d’Oliveira.O auto da visita identifica a data, o local (Casa do Despacho da Saúde), os responsáveis pela visita de saúde (escrivão, guarda-mor e outros oficiais), outras testemunhas, o tipo e o nome da embarcação, o capitão, a nacionalidade, a proveniência, o destino, os dias de viagem, a tripulação, o número de passageiros, a carga, a causa da arribada, o estado de saúde. As circunstâncias que levam a que não seja dada livre prática ao navio (e.g. falta de apresentação da carta de saúde; algum doente ou falecimento a bordo; “procedência suja” do navio; água aberta; diversas avarias;) e medidas determinadas pelo serviço de saúde (por quarentena “o socorro de que carecesse a fim de sair imediatamente ao seu destino”); a hora e a data da partida do navio.Destacam-se os seguintes registos:Auto na sequência de uma reunião com o Delegado do Conselho de Saúde (Manuel Francisco de Medeiros), para deliberar sobre o conteúdo de um ofício do Governador Civil, relativamente à situação e medidas a tomar de um brigue francês surto no porto da Horta (auto de 1853-12-23, fl. 2 v.).Auto de infração sanitária – seis marítimos comunicam com um navio que ainda não tinha sido “competentemente desembaraçado pela Repartição de Saúde”.Autos na sequência de reuniões para decidir sobre situações especiais.Auto de 1854-06-24, fl. 18 v.: a galera americana Saint Lewis, ao sair do porto da Horta, abalroa a galera francesa Dom Quixote, que também se encontrava no porto, provocando vários estragos a ambos os navios. Auto de 1855-03-22, fl. 26: é feita referência ao Vice-Cônsul das Cidades Hanseáticas nesta ilha.Auto de 1855-09-17, fl. 39: fragata americana Potomac.Auto de 1855-11-30, fl. 45: vapor de guerra francês Flambard (proveniente da Martinica, com destino a França).Auto de 1856-01-03, fl. 46: brigue português Milheiro Segundo, em virtude de “na noite do referido dia dois do corrente, um fortíssimo temporal, que até agora tem continuado com inalterável fúria, afastou-se o mencionado brigue de terra, levando a seu bordo, segundo consta, várias pessoas que a seu bordo tinham ido visitar o Capitão, sem que até agora se saiba do seu destino.”Fl. 51 v. e 52: auto de vistoria sanitária a carga avariada da barca americana Warren (1856-02-01).Fl. 62 v.: Auto da verificação da morte do marinheiro, digo, do súbdito britânico George Stout, piloto da escuna inglesa Royal George.Fl. 80 v.: Auto de arrojamento ao mar e destruição de uma porção de sacas [de café] pertencentes ao carregamento do brigue francês Adonis (1857-01-17). Referência ao vice-cônsul francês na ilha do Faial, Guilherme Ribeiro. Fl. 84 v.: Termo de vistoria a uma porção de bacalhau descarregado do patacho inglês Louis Napoleon (1857-02-21). Referência ao vice-cônsul inglês na ilha do Faial, Thomas Dart.Fl. 105, auto de visita e quarentena à barca inglesa Acadia, procedente de Callao de Lima. “…comboiando uma escuna com o nome Schroeder escrito na popa, e que o referido capitão declarou, no ato da visita sanitária, ter encontrado abandonada no alto mar, quatro graus ao sul desta ilha, pouco mais ou menos, carregada de ossos e cinzas de ossos, com cinco pés de água no porão, bombas encravadas e um rombo feito com uma enxá, pela parte de dentro da popa (…), que julgava ser toscana…” (1857-11-04).Fl. 120, auto de visita sanitária ao iate americano N. H. Gould, de 1858-10-08: “demandou a esta ilha a fim de desembarcar sete homens da tripulação que salvara da escuna holandesa Antge…”.Fl. 121 v., auto de visita ao iate americano Gread, de 1858-10-30: “… dizendo mais que vinha a esta ilha para descarregar a carga de azeite, bem como para desembarcar um homem que encontrara no mar alto em latitude trinta e quatro Norte e longitude quarenta Oeste, sobre a casa de um navio, dizendo este que era marinheiro da galera americana Margaret Tyson, a qual tendo saído de Nova Iorque, com carga de carvão, em destino a São Francisco da Califórnia, fora a pique em consequência de um forte temporal, que a fizera abrir uma grande água; (…) sustentando-se ele, julga que durante o espaço de dezassete dias, d’alguns peixes…”.FL. 128 v. a 130 v. é narrado o naufrágio da barca portuguesa Margarida, junto da ponta da Espalamaca, Horta (auto de 1859-01-08).Dá-se conta da presença de vapores de guerra de várias nacionalidades (espanhola, francesa, inglesa).O Lazareto da ilha do Faial é provisório, pelo que frequentemente os navios vistoriados são mandados fazer quarentena em Lazareto acreditado.
Condições de acesso
Comunicável.
Cota atual
C3.
Idioma e escrita
Português.
Características físicas e requisitos técnicos
Estado de conservação: regular.
Data de publicação
20/02/2017 14:18:46