Ofícios expedidos e recebidos pelo governador civil André do Canto
Informação não tratada arquivisticamente.
Nível de descrição
Documento composto
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/MEC-BB/0083/000036
Tipo de título
Formal
Título
Ofícios expedidos e recebidos pelo governador civil André do Canto
Datas de produção
1846
a
1847
Dimensão e suporte
27 doc.
História administrativa/biográfica/familiar
André Diogo Dias do Canto e Medeiros (1814 - 1848) é o filho primogénito do morgado José Caetano Dias do Canto e Medeiros. Casa, em 1842, com Ana Carlota Leite Botelho de Teive que morre a dar à luz a única filha nascida do enlace, Margarida Leite do Canto, que casa, em 1859, com seu tio, Ernesto do Canto.Quando D. Pedro IV esteve na ilha de S. Miguel ficou hospedado em casa do pai, o morgado José Caetano. Escritos deste último relatam os passeios que D. Pedro deu pela ilha em sua companhia e na de seu filho, André do Canto.Em 1835 é tenente do Batalhão Provisório das Guardas Cívicas de Ponta Delgada, participando no desenlace da questão da «Revolta dos Calcetas» (23 de Abril de 1835) que ocorreu no Castelo de S. Brás. Em 1841 é nomeado primeiro capitão do Batalhão de Infantaria de Ponta Delgada criado para substituir as anteriores Guardas Nacionais. Esta iniciativa, porém, não teve execução prática. Em 1836 está envolvido na criação da Sociedade dos Alunos de Direito Público da cidade de Ponta Delgada, na qualidade de «sócio leccionista».Em 1840, juntamente com João Silvério Vaz Pacheco de Castro e seu irmão José do Canto, elabora um relatório intitulado Memória sobre a possibilidade e utilidade da construção dum Molhe em Ponta Delgada, publicada no jornal Açoriano Oriental de 15 e 22 de Fevereiro de 1840, repleta de dados estatísticos e argumentativos, bem como de ideias para angariar os fundos necessários, com o que se pretendia viabilizar o início da execução daquela obra. Essa Memória é apresentada à Junta Geral do Distrito na sessão de 20 de Janeiro desse ano.No pouco tempo de vida que teve desempenha altos cargos públicos, como o de Governador Civil, entre jul. 1846 e jul. 1847. Foi sob o seu governo, por exemplo, que se completou a construção do novo cemitério público de Ponta Delgada em S. Joaquim (1844-1846). O seu governo é marcado, também, pelas medidas de filantropia que propiciou. Em Maio de 1847, decorrendo uma grave crise de fome na ilha de S. Jorge, André do Canto, enquanto Governador Civil, nomeia uma Comissão Central de Beneficência com o intuito de arrecadar géneros alimentares para acudir aos necessitados e facilita a exportação de cereais para aquela ilha.http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=8140 (disponível em 10 maio 2017)
Âmbito e conteúdo
Neste conjunto destacamos desordens em São Miguel no ano de 1846 (109), contrabando de tabaco (128) e quadrilha de ladrões nos Arrifes (133)
Cota atual
83.109-135
Data de publicação
20/04/2020 13:46:02