Álbum de fotografias do sismo de 1998

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Álbum de fotografias do sismo de 1998

Detalhes do registo

Informação não tratada arquivisticamente.

Nível de descrição

Unidade de instalação   Unidade de instalação

Código de referência

PT/BPARJJG/ARH/0013

Tipo de título

Atribuído

Título

Álbum de fotografias do sismo de 1998

Datas de produção

1998  a  1998 

Dimensão e suporte

1 álbum de fotografias, papel.

História administrativa/biográfica/familiar

Desde o século XV, período do povoamento, até aos nossos dias, registaram-se pelo menos 30 grandes sismos no arquipélago dos Açores. O primeiro evento terá conduzido à chamada subversão de Vila Franca do Campo em 1522, soterrando aquela povoação e causando mais de 5.000 mortos. Grandes eventos foram registados em 1787 e 1980. O maior terramoto registado nas proximidades dos Açores, que atingiu magnitude de 8,3 na escala de Richter, teve lugar em 1941, associado a falhas de deslizamento no limite da placa euro-africana.Ao longo do século XX a população do Faial conheceu grandes eventos destrutivos: o sismo de 9 de fevereiro de 1924, a crise sísmica de abril a setembro de 1926 (com o sismo principal a 31 de agosto), a crise sismo-vulcânica associada à erupção dos Capelinhos em 1958 e o sismo de 1998. Na madrugada de 9 de julho de 1998, pelas 5h19, um sismo de magnitude de 5,8 na escala de Richter (VIII na Escala de Mercalli Modificada) foi sentido na ilha, com maior intensidade nas freguesias da Ribeirinha e do Salão. Causado pela atividade sísmica da Falha da Horta, situada na crosta oceânica entre as ilhas do Faial e do Pico, o epicentro foi localizado aproximadamente a 16 km ao NNE da cidade da Horta.Comparado com outros sismos ocorridos na região, este foi um evento significativo, sentido em quase todo o arquipélago, com exceção das ilhas das Flores e do Corvo. As ilhas mais atingidas foram as do Faial, do Pico e de São Jorge, tendo a primeira sido aquela que maiores danos sofreu, registando 9 vítimas mortais, mais de uma centena de feridos, 1.500 casas derruídas e 2.500 desabrigados. Foram grandemente danificadas as infraestruturas básicas, como a rede viária, o sistema de abastecimento de água potável, a rede de distribuição de energia e de comunicações. Registaram-se derrocadas no litoral da ilha e movimentos de vertente em escarpas e em zonas de declives mais pronunciados. Os avultados prejuízos materiais afetaram mais de 70% do parque habitacional do Faial e cerca de 20% das casas na vizinha ilha do Pico.O processo de reconstrução na ilha foi liderado pelo Governo Regional dos Açores, que investiu mais de 255 milhões de euros na construção, reabilitação e recuperação de habitações, beneficiando mais de 3.000 famílias. Cerca de 72% desse montante foi suportado exclusivamente pelo orçamento regional e o restante por verbas decorrentes da solidariedade nacional. Para acudir a todos os casos, o executivo açoriano instalou 670 estruturas pré-fabricadas, lançando posteriormente as empreitadas para as obras.À época, a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores aprovou legislação para enquadrar os apoios aos sinistrados e que contemplava, por exemplo, a cedência de lotes para a construção de moradias, sempre que, por razões ambientais ou de segurança, não fosse permitido reconstruir ou reabilitar as habitações no seu local de origem.O processo de reconstrução acabou por causar uma notável alteração arquitetónica na ilha, nomeadamente nas freguesias rurais, onde pequenas antigas moradias de pedra e barro deram lugar a novas casas, construídas com blocos, ferro e cimento. Todas as intervenções realizadas tiveram como principais preocupações dotar os edifícios habitacionais de resistência antissísmica, reduzindo a sua vulnerabilidade à sismicidade, adequá-los à composição do agregado familiar e conferir-lhe as condições mínimas de salubridade. Posteriormente, seriam recuperadas as igrejas dos Flamengos, da Ribeirinha, Pedro Miguel, dos Cedros e do Salão.O Memorial ao Sismo de 9 de julho de 1998 foi erguido pela Câmara Municipal da Horta perto do Império da Praça, vizinho ao Núcleo Expositivo das Bicas, que também apresenta referências ao sismo de 23 de novembro de 1973 que, na ocasião, destruiu mais de 600 casas na freguesia dos Flamengos (RODRIGUES, Susete (2020). "Núcleo Expositivo das Bicas aberto ao público". In Açoriano Oriental online, 23 nov.). Este espaço apresenta-se com os frontais das habitações destruídas em 1998 totalmente recuperadas e no seu interior um amplo espaço verde e com duas salas de apoio (Inaugurado núcleo expositivo na freguesia dos Flamengos (Vídeo). In RTP Açores, 24 nov. 2020). Para ler mais...“Especial Sismo 1998 | 25 anos”. In RTPPlay, 9 jul. 2023. “Inaugurado núcleo expositivo na freguesia dos Flamengos” (Vídeo). In RTP Açores, 24 nov. 2020. “Sismo de 1998 mudou a ilha do Faial para sempre”. In Observador, 8 ago. 2016.“Quando a terra tremeu no Faial”. In Açorianíssima. Ponta Delgada, Açorianíssima, Publicações e Artes Gráficas, Lda., 1998. pp. 4-8.LAMEIRAS, G. (2006). Avaliação do impacte do sismo de 1998 na ilha do Faial. Dissertação de Mestrado em Vulcanologia e Riscos Geológicos, Universidade dos Açores.MADEIRA, J.; BRUM DA SILVEIRA, A. (2007). “Tectónica e sismicidade na ilha do Faial e o sismo de 9 de Julho de 1998”. In Boletim do Núcleo Cultural da Horta, vol. 16. pp. 61-79.NUNES, João Carlos (2008). “Sismos nos Açores”. In Actas do colóquio comemorativo dos 200 anos do nascimento de José Silvestre Ribeiro. Angra do Heroísmo, Instituto Açoriano de Cultura. pp. 35-47. RODRIGUES, Susete (2020). “Núcleo Expositivo das Bicas aberto ao público”. In Açoriano Oriental online, 23 nov.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Fotografias e álbum adquiridos pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional da Horta na Fotojovial. Composição final efetuada por um técnico da BPARH no próprio ano do sismo.

Âmbito e conteúdo

Trata-se de um álbum de capa vermelha que contém 86 fotografias a cores respeitantes à destruição causada na ilha do Faial pelo sismo de 9 de julho de 1998. As fotografias encontram-se organizadas de uma forma a que chamaremos, por conveniência, capítulos e que são: Flamengos; Cedros/Lombega; Diversos.

Condições de acesso

Comunicável.

Cota atual

C3.

Idioma e escrita

Português.

Características físicas e requisitos técnicos

Estado de conservação: bom.

Tipo u.i.

Unidades de descrição relacionadas

O álbum de capa verde, que constituirá a primeira parte deste conjunto de fotografias.

Data de publicação

16/07/2020 11:44:13