Padre Manuel de Azevedo da Cunha

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Padre Manuel de Azevedo da Cunha

Detalhes do registo

Nível de descrição

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Código de referência

PT/BPARPD/PSS/RR/001-049

Tipo de título

Atribuído

Título

Padre Manuel de Azevedo da Cunha

Datas de produção

1921-01-19  a  1921-05-28 

Dimensão e suporte

2 doc.

Produtor

Manuel de Azevedo da Cunha, padre [Calheta, São Jorge, 1.1.1861 ? - 13.8.1937]

História administrativa/biográfica/familiar

(...)Ao ensino e à investigação entregou-se com entusiasmo, dedicação e competência. Em 1884, quase decorrido um ano após o seu regresso à terra natal, foi nomeado professor da Escola Complementar da Calheta. Exerceu o magistério ininterruptamente até 1896, altura em que «certo Governo mal intencionado perpetrou o crime de a extinguir». E acrescentava: «ao passo que na sede do distrito funcionam seminário, liceu, escola normal, primária superior, desenho industrial e aulas regimentais, esta ilha tem apenas a deficiente instrução elementar, deficiente nos programas mais que na competência dos mestres, sem que até hoje se tenha criado um qualquer instituto, uma cadeira de línguas, um curso especial que supra a falta de uma escola primária complementar» (Notas Históricas I, pp. 1-2). Aliás, o seu empenhamento na Escola Complementar da Calheta fê-lo, decerto, rejeitar uma transferência para a ilha de S. Miguel, imposta pelo bispo da diocese, D. João Maria Pereira de Amaral e Pimentel, o que motivou a sua suspensão. Num livro de notas confidenciais deste prelado, possivelmente tomadas pelo seu secretário, ficou registado o acontecimento: «arrostou ordens do seu Prelado insolentemente, não querendo aceitar a sua colocação na ilha de S. Miguel, porque sobretudo quer ser professor complementar desta vila, e assim tornar-se inútil para as exigências do serviço da Igreja».(...)Residindo na Calheta, pouco terá viajado, para além das normais e necessárias deslocações que qualquer jorgense faz pelas demais ilhas, principalmente às que lhe estão próximas: Terceira e Pico. Esteve em Lisboa a convite de seu irmão mais velho, José de Azevedo da Cunha, que no Brasil fizera fortuna e se instalara depois naquela cidade. Não sentiu, porém, atracção suficiente pela capital para nela se fixar, não obstante a insistência do irmão para que fosse para a sua companhia. Este várias vezes o visitou na terra natal e lhe proporcionou os meios para que vivesse sem grandes dificuldades. Também a generosidade de José de Azevedo da Cunha para com os calhetenses é ainda hoje recordada com gratidão.(...).Mas foi sobretudo à investigação histórica e etnográfica que consagrou quase toda a vida recolhendo elementos que vai publicando no jornal O Insulano, sob a rubrica «Papeis Velhos». Com efeito, de 1896 a 1903 fez sair neste periódico do Topo cerca de duas centenas de trabalhos respeitantes à história da Calheta e do seu concelho. Sob a mesma epígrafe, mas em folhetim, iniciava em Março de 1903 a publicação de «Factos e nomes» alusivos ao antigo concelho do Topo. Subtítulo humilde ? como dizem ter sido o seu autor ? para o que se depreende serem os anais daquele município. A suspensão daquele periódico alguns meses depois, tê-lo-ão impedido de ultrapassar o ano de 1651 descrevendo os factos e identificando os nomes. Colaborou ainda em outros jornais açorianos, como O Respigador, A Terra, ou o da comunidade açoriana de Oakland nos Estados Unidos da América, A Colónia Portuguesa, onde publicou artigos biográficos e de informação histórica, notas, documentos, alguns dos quais seriam insertos em Notas Históricas. A António Cândido de Figueiredo deu várias informações para o seu Novo Diccionario da Lingua Portuguesa.No Arquivo dos Açores, então já dirigido pelo coronel Francisco Afonso Chaves, publicou dois importantes estudos: «Festas do Espírito Santo» e «Contribuição para a História da Freguezia da Calheta de S. Jorge», escritos, respectivamente, em 1905 e 1907, mas só editados em 1920.O primeiro seria inserido em Notas Históricas, por indicação do autor, enquanto os assuntos tratados na monografia da Calheta são retomados e desenvolvidos também no mesmo livro. Nesta obra trabalhou, segundo confessa, trinta anos. Manuel Azevedo da Cunha, porém, por dificuldades várias, não teria a satisfação de ver impressos mais do que 31 fascículos (496 páginas).(...). Artur Teodoro de Matos (2002)Disponível em: http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=2406

Âmbito e conteúdo

Calheta, São Jorge, genealogias.

Cota atual

20.356 - 20.357Dep. 7, 187/2

Cota antiga

29

Publicador

p.medeiros

Data de publicação

03/10/2025 16:44:15