Memórias para a história da ilha Graciosa
Nível de descrição
Unidade de instalação
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/MEC/0070
Tipo de título
Formal
Título
Memórias para a história da ilha Graciosa
Dimensão e suporte
1 liv. (90 p.)
História administrativa/biográfica/familiar
Jerónimo Emiliano de Andrade (O.F.M.) (Angra, 30 de Setembro de 1789 — Angra do Heroísmo, 11 de Dezembro de 1847) foi um eclesiástico, professor e historiador açoriano e uma incontestável figura do seu tempo. Um dos mais ilustres homens nascidos na ilha Terceira.Exposto, foi recolhido e educado pelo P.e José de Andrade, sobre quem escreveu uma memória apologética e cujo nome adoptou. Em 1804 ingressou no convento de Angra, na Ordem de S. Francisco, professando no ano seguinte. Aí ensinou latim, estudando Humanidade e Teologia. Prestou provas públicas tendo como arguentes alguns dos mais ilustres Deportados da *Amazonas, residentes no convento e certamente seus mestres nas ideias liberais. Em 1818 regia a cadeira de Teologia Dogmática e Moral, escolhido pelo vigário-geral João José da Cunha Ferraz, outro célebre liberal. Foi um entusiasta da revolução liberal de Angra, em 1821, tendo em 1823 viajado até S. Miguel para concorrer à cadeira de Retórica. Regressou à Terceira, onde em Junho desse ano se deu a contra-revolução, sendo perseguidos e exilados os liberais, entre eles Jerónimo E. de Andrade, que se exilou no Faial. Em 1825 regressou à Terceira, sendo empossado na cadeira de Retórica para em 1828, de novo perseguido pela reacção absolutista, abandonar a ilha com a intenção de emigrar para o Brasil. Desembarcou, porém, na Graciosa, onde decidiu aguardar o desenrolar dos acontecimentos e onde viveu até 1831, escrevendo a sua Memória para a História da Ilha Graciosa. Em Agosto desse ano regressou à Terceira, sendo nomeado por D. Pedro IV para reger as cadeiras de Filosofia e História Universal, acumulando com a de Retórica, no novo plano de estudos decretado em 1832. Em 1845 passou a professor da 5.ª e 6.ª cadeiras do Liceu de Angra, sendo, em Dezembro, nomeado reitor e comissário dos Estudos no Distrito. Em 1847 deu a sua última lição.Foi essencialmente um pedagogo apaixonado pelo ensino e pelos novos métodos, mas como liberal empenhou-se, através dos seus compêndios, em formar o homem novo e a nova sociedade de justiça e liberdade. Os seus compêndios são notáveis métodos pedagógicos e, principalmente os de filosofia, claros repositórios das suas ideias políticas e sociais. Escreveu um celebrado compêndio de história local que intitulou Topografia da Ilha Terceira, que é justamente a mais conhecida das suas obras e onde advoga, através da história da ilha, a renovação social, política e económica. No centenário do seu nascimento foi-lhe prestada uma homenagem pelos professores do Liceu de Angra do Heroísmo, que na ocasião voltou a ostentar o seu nome. J. G. Reis Leite (Set.1996)http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=4219 (disponível em 24 fev. 2016)
História custodial e arquivística
Espólio de António Gil da Silveira Machado Bettencourt (1846?-1883), natural da Graciosa e residente na Terceira, comprado à viúva em 1887.
Âmbito e conteúdo
Anónimo (autoria atribuída ao padre Jerónimo Emiliano de Andrade), com os capítulos:- situação, grandeza e descrição física da ilha Graciosa- natureza, clima e produções- divisões civis (Santa Cruz e Guadalupe)- vila da Praia, a sul da ilha- população, carácter, indústria, agricultura, pesca- descoberta, primeiros povoadores, donatários- primeiros acontecimentos históricos- assentos- mapa da população (1783)- rendimentos públicos- donatários
Cota atual
70Dep. 2, 354/1
Cota antiga
Mss. 157
Características físicas e requisitos técnicos
F. 89 e 90 dobradas
Existência e localização de cópias
ECMS070 (cópia digital)
Notas de publicação
Referência bibliográficaANDRADE, Jerónimo Emiliano de (1789-1847) - "Memórias para a história da ilha Graciosa". Santa Cruz : Museu da Graciosa, 2019. (introd., transcrição e fixação do texto José Guilherme Reis Leite, Manuel Augusto de Faria).
Notas
Na contracapa a dedução de Ernesto de Canto que atribui a autoria.
Data de publicação
12/11/2020 16:50:35