Henrique Braz
Nível de descrição
Subsérie
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/MMVA/001-017
Tipo de título
Atribuído
Título
Henrique Braz
Datas de produção
1945-12-02
a
1945-12-08
Dimensão e suporte
2 doc.
História administrativa/biográfica/familiar
Henrique Ferreira de Oliveira Braz [n. Angra do Heroísmo, 9.2.1884 - f. Furnas, ilha de S. Miguel, 11.8.1947]Estudou no Liceu da sua cidade natal, mas completou o curso do Liceu em Lisboa. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra, onde participou activamente na greve académica de 1907, colaborou na Alma Académica e dirigiu a Revista Atlântida. Coimbra, onde desenvolveu o seu ideal republicano, marcou-o profundamente como político e como escritor. Foi nestas duas vertentes que se veio a destacar quando regressou a Angra do Heroísmo, onde seguiu uma carreira de advocacia e de notário, ocupando o lugar de director da Secretaria Notarial. Como político, foi o primeiro governador civil do distrito de Angra do Heroísmo após a proclamação da República, cargo que exerceu entre 5.10.1910 e 17.2.1912. Foi eleito deputado pelo círculo de Angra do Heroísmo, primeiramente nas eleições suplementares de 1913 e, depois, pela União Republicana, na IV Legislatura (1919-1921) e senador em 1921, ocupando ainda nesse ano o lugar de Chefe de Gabinete de António Granjo, durante o curto governo deste. Foi de novo senador pelo mesmo círculo em 1925-26. Presidiu à Junta Geral do distrito, em 1918, e ainda à Câmara Municipal da sua cidade.Dentro das hostes republicanas foi um moderado. Com o fim da 1ª República retirou-se da política activa, refugiando-se nos seus livros e estudos históricos.Era um orador notável, quer como chefe político, quer como conferencista. Foi sócio fundador do Instituto Histórico da Ilha Terceira, em 1942, quando esta agremiação pretendeu superar o vazio no campo cultural do Estatuto Autónomo das Ilhas Adjacentes.Como escritor, dedicou-se, sem êxito, à poesia, que abandonou, e à literatura de viagens, relatando impressões das suas deambulações pela Europa. A sua obra fundamental, porém, é no campo da historiografia, essencialmente com estudos referentes às viagens de açorianos no Atlântico Norte e no descobrimento da América, mas a sua obra mais notável é Ruas da Cidade. É um escritor exigente para com a sua prosa e grande cultivador da forma e frase burilada, ligado à escola ultra-romântica, o que não deixa, hoje, de prejudicar os seus escritos.Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem de Leopoldo da Bélgica. J. G. Reis Leite http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=7450 (disponível em 21 jan. 2019)
Âmbito e conteúdo
Angra do Heroísmo; Vila Franca do Campo, sobre a "Comenda da ilha Terceira", expressão encontrada num documento notarial. Inclui rascunho da resposta de MMVA (50.100).
Cota atual
50.99-100
Data de publicação
13/02/2019 14:59:15