José Bruno Carreiro
Nível de descrição
Subsérie
Código de referência
PT/BPARPD/PSS/RR/001-039
Tipo de título
Atribuído
Título
José Bruno Carreiro
Datas de produção
1900
a
1934-09-09
Datas predominantes
1914 - 1919
Dimensão e suporte
28 doc.
Produtor
José Bruno Tavares Carreiro [Coimbra, 1880 - Ponta Delgada, 1957]
História administrativa/biográfica/familiar
Jornalista, escritor e autonomista. (...) licenciou-se em Direito, pela Universidade de Coimbra (1904). Regressou a São Miguel, onde exerceu o cargo de Subdelegado do Procurador Régio e a advocacia. A partir de 1910, foi nomeado secretário do governo civil, cargo ocupado até à idade de reforma, em 1949. Em 1918, foi chefe do gabinete civil do Alto Comissário para os Açores, general Simas Machado, voltando a exercer a mesma função, em 1927, com o Delegado Especial do Governo para os Açores, coronel Silva Leal. Na área política, aderiu ao Partido Regenerador e colaborou no seu jornal, O Distrito, em 1907-08. No período da República, para além de algumas suspeitas em relação ao seu pendor monárquico, posicionou-se sempre ao lado dos republicanos mais conservadores. Foi a partir de 1920, data em que fundou o *Correio dos Açores e o dirigiu até 1937, que a sua influência marcou a vida política açoriana. Nas páginas daquele jornal diário, desenvolveu uma longa campanha em torno do açorianismo, apoiou e promoveu reivindicações autonomistas e combateu a hegemonia do Partido Democrático. Com a Ditadura Militar, foi um dos ideólogos da estratégia que levou à publicação do decreto de 16.02.1928. Este decreto ampliou os poderes e as receitas das Juntas Gerais, mas logo de seguida um decreto de Salazar (31.07.1928) anulou as conquistas alcançadas. Nas páginas do Correio dos Açores manifestou o seu desagrado contra algumas medidas impostas por Salazar. No Estado Novo, concordou com as linhas gerais do projeto centralizador, de Marcelo *Caetano, que deu origem ao Estatuto de 1940, embora viesse, em 1952, a tecer algumas críticas à asfixia financeira a que ficaram sujeitas as Juntas Gerais. Ao longo deste percurso, preocupou-se mais em defender uma autonomia financeira que permitisse à Juntas Gerais a realização de obras concretas, do que uma ampla autonomia política reivindicada pelas gerações anteriores. Foi também defensor da unidade açoriana, materializada no projeto político-administrativo da ?Província Açoriana?. Empenhou-se na projeção dos Açores no exterior, promovendo, em 1924, a polémica ?Visita dos Intelectuais? continentais. Para além de jornalista, escreveu várias obras de sucesso: peças de teatro e biografias de micaelenses distintos. Foi condecorado com a comenda da Ordem de Cristo e faz parte da toponímia da cidade. Carlos Enes (Fev.2001)Disponível em: http://www.culturacores.azores.gov.pt/ea/pesquisa/Default.aspx?id=1399
Âmbito e conteúdo
Ponta Delgada; Funchal; Angra do Heroísmo; Paris; Coimbra; Lisboa, compra do Paço para instalação do Liceu de Ponta Delgada, chegada de novos governadores civis (António Rodrigues Salgado e Adelino de Oliveira Pinto Furtado), envio de livros, recente interesse do destinatário por astronomia, refere viúva e o filho mais velho de Eça de Queirós, pede colcha de Água de Pau, nomeação de professores (1914), Luís-Francisco Rebelo Bicudo, Francisco Leite Arruda, anglófilos e germanófilos em Ponta Delgada, atividades da visita dos terceirenses à ilha de São Miguel, telegramas enviados via rádio, destaca o papel do coronel Feliciano António da Silva Leal na delegação que foi a Lisboa em fev. de 1928 (projeto de reorganização das Juntas Gerais, moeda e vencimentos dos funcionários públicos), nomeação de João de Simas para diretor da Biblioteca e a passagem desta para a tutela da Junta Geral, aquisição do espólio de Teófilo Braga, "relatório do cidadão Lagido" por altura da visita de um ministro a São Miguel em 1934, questões genealógicas relacionadas com os Quentais e sua eventual ligação com os Coutinhos de frei Luís de Sousa.Timbres: Governo Civil, Café de Paris, Correio dos Açores.
Cota atual
20.254 - 20.281Dep. 7, 187/2
Cota antiga
21
Notas
Segundo a tradição familiar, o bilhete com o n.º 20.254 está relacionado com "O mais antigo documento escrito na ilha de S. Miguel, até agora conhecido? Escritura de venda feita em Vila Franca do Campo a 20 de Junho de 1492". Arquivo dos Açores, vol. XIII, p. 344 - 348 [MPD_n.º 995].
Publicador
p.medeiros
Data de publicação
03/10/2025 16:44:15